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Outubro Rosa: O que é Câncer de mama?
Saúde
Publicado em 07/10/2024

 

O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve na mama como consequência de alterações genéticas em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir descontroladamente. Esse é o tipo de câncer que mais mata mulheres em todo o mundo e, na maioria dos casos, não apresenta sintomas na fase inicial. 

 

Tipos

 

Existem diversos tipos de câncer de mama. No geral, o diagnóstico leva em conta alguns critérios: se o tumor é ou não invasivo, avaliação imunoistoquímica, seu tipo histológico e seu estadio (extensão).

 

Câncer de mama invasivo ou não

 

Um câncer de mama não invasivo, também chamado de câncer in situ, é aquele que está contido em algum ponto da mama, sem se espalhar para outros órgãos. Ou seja, a membrana que reveste o tumor não se rompe e as células cancerosas ficam concentradas dentro daquele nódulo.

Já o tipo invasivo acontece quando essa membrana se rompe e as células cancerosas invadem outros pontos do organismo. Todo câncer in situ tem potencial para se transformar em invasor.

 

Avaliação Imunoistoquímica

Também chamada de IQH, a avaliação imunoistoquímica para o câncer de mama avalia se aquele tumor tem os chamados receptores hormonais. Aproximadamente 65 a 70% dos cânceres de mama têm esses receptores, que são uma espécie de ancoradouro para um determinado hormônio.

Existem três tipos de receptores hormonais: o de estrógeno, o de progesterona e o de HER-2. Esses receptores fazem com que o determinado hormônio seja atraído para o tumor, se ligando ao receptor e fazendo com que essa célula maligna se divida, agravando a doença.

 

Tipo histológico do câncer de mama

O tipo histológico é como se fosse o nome e o sobrenome do câncer. Os tipos histológicos se dividem em vários subtipos, de acordo com fatores como a presença ou ausência de receptores hormonais e extensão do tumor.

 

Sintomas

Sintomas de câncer de mama

 

Os sintomas de câncer de mama variam conforme o tamanho e estágio do tumor. A maioria dos tumores da mama, em sua fase inicial, não apresenta sintomas. Caso o tumor já esteja perceptível ao toque do dedo, é sinal de que ele tem cerca de 1 cm³ — o que já é uma lesão muito grande.

 

Por isso é importante fazer os exames preventivos na idade adequada, como a mamografia, antes do aparecimento deste e de qualquer outro sintoma do câncer de mama.

 

Diagnóstico

 

Além da mamografia, ressonância magnética, ecografia e de outros exames de imagem que podem ser feitos para identificar uma alteração suspeita de câncer de mama, é necessário fazer uma biópsia do tecido coletado da mama.

A partir desse material, é possível identificar se as células são tumorosas ou não.

 

Caso seja feito o diagnóstico, os médicos irão fazer o estudo dos receptores hormonais para saber se aquele tumor expressa algum ou não, além de sua classificação histológica. O tratamento vai ser determinado pela presença ou ausência desses receptores na célula maligna, bem como o prognóstico do paciente.

 

Fatores de risco

 

Os principais fatores de risco para o câncer de mama

 

 

são:

  • Histórico familiar
  • IdadeTumor de mama anterior
  • Menstruação precoce
  • Menopausa tardia
  • Reposição hormonal
  • Métodos contraceptivos hormonais
  • Alcoolismo
  • Colesterol alto
  • Obesidade
  • Ausência de gravidez

 

Tratamento

Tratamento de câncer de mama

 

O tratamento para câncer de mama é determinado a partir da presença ou ausência de receptores hormonais, do estadiamento do tumor e se já apresenta o diagnóstico com metástase ou não. Outro fator determinante é o estado de saúde do paciente, a presença de doenças preexistentes e a idade — uma vez que é preciso levar em conta o impacto do tratamento e se ele irá interferir na qualidade de vida.

 

Os tratamentos são divididos entre:

Terapia local:

 inclui cirurgia parcial ou total do tumor e/ou das mamas, seguida de radioterapia

— um tratamento feito com radiações ionizantes para destruir o tumor ou impedir que suas células aumentemTerapia sistêmica:

 envolve um conjunto de medicamentos que serão infundidos por via oral ou diretamente na corrente sanguínea, que irá circular por todo o organismo, inclusive onde o tumor se encontra. Há três modalidades de terapia sistêmica:

  •  quimioterapia,
  •  hormonioterapia
  •  e imunoterapia

Caso o tumor tenha grande extensão, pode ser que o médico recomende uma terapia sistêmica inicialmente para diminuir o tamanho do câncer de mama e assim fazer a cirurgia parcial. Se o câncer apresentar metástases, a terapia sistêmica também é indicada, já que as drogas agem no corpo inteiro, encontrando focos do tumor e eliminando.

 

Pacientes que sofreram metástases deverão se submeter a algum tratamento sistêmico para o resto da vida, além do acompanhamento clínico.

 

Tem cura?

Câncer de mama tem cura?

 

câncer de mama pode ter cura desde que diagnosticado precocemente. Um tumor detectado no estágio 0 ou 1 chega a ter mais 90% de chance de cura. 

 

Já um câncer de mama no estágio 3 ou 4 tem de 30% a 40% de chance de cura total. Contudo, isso não é motivo para desistir ou achar que o seu caso não tem cura. 

 

Mesmo cânceres em estágios mais avançados podem responder bem ao tratamento, podendo ser operados e retirados completamente. Assim, é importante conversar com seu médico e sempre buscar novas formas de lidar com a doença.

Prevenção

Como prevenir o câncer de mama?

 

prevenção do câncer de mama pode ser feita a partir da adoção de alguns hábitos, como:

  • Alimentação saudável
  • Exercícios físicos
  • Não fumar
  • Não ingerir bebidas alcóolicas
  • Redução do estresse
  • Mamografia
  • Amamentação

Convivendo (Prognóstico)

 

prognóstico do câncer de mama

 

 

depende de todas as características do tumor e da paciente, como também da disponibilidade das drogas adequadas. No Brasil, ainda não está disponível a terapia anti HER2 para doenças metastáticas, por exemplo. Mas estudos têm mostrado eficácia em testes da vacina contra câncer de mama e a expectativa é de que a imunização esteja disponível aos brasileiros até 2027.

 

Além disso, 40% das mulheres com câncer no geral que precisam de radioterapia não recebem o tratamento porque não há equipamentos suficientes no país para suprir a demanda. Esse tipo de complicação pode piorar o prognóstico de uma paciente, que fica dependente de uma fila de espera ou então precisa se inscrever em programas internacionais.

 

Fisioterapia para câncer de mama

 

Ela promove a independência funcional da paciente, permitindo que realize as atividades que deseja sozinha e sem inconveniências. Proporciona alívio da dor e reduz a necessidade do uso de analgésicos. Geralmente o tratamento é indicado após a cirurgia.

 

Sexualidade e sensualidade

 

Durante o tratamento do câncer de mama, diversas situações como diminuição da libido, alterações hormonais e incômodos emocionais podem influenciar diretamente no seu comportamento sexual.

 

É importante que entenda que esses transtornos são causados por situações físicas que você está enfrentando e não tem a ver com o que você é em essência. Tente resgatar nesse período a sensualidade que há em você – mas tudo em seu tempo.

Fale com seu parceiro ou parceira:

 converse sobre a diminuição da libido para que a pessoa não se sinta rejeitada e confusa com seu possível desinteresse sexual. A comunicação aberta poderá ajudar a buscar maneiras criativas de despertar a sua libido.

Fale com seu oncologista:

 seu médico pode prescrever medicamentos para combater os efeitos colaterais do tratamento, motivos que levam ao desinteresse sexual.

Fale com um psicólogo:

 o profissional pode ajudar identificando e tratando os obstáculos emocionais que colaboram com o desinteresse sexual a partir da psicoterapia.

 

Cuidados com a autoestima

 

A queda de cabelos e a mastectomia

 

 

são os pontos que mais podem afetar a autoestima da paciente. Tente não se render a esses sentimentos e procure saídas para esses incômodos, que são pequenos perto da sua qualidade de vida e da luta que você está travando.

 

Busque outras atividades que façam você se sentir bem, como cursos de uma área que você se interesse. Tudo vale para reconquistar a autoconfiança ou então não deixar que ela se vá.

 

Se você perceber algum sinal de depressão, como tristeza profunda, falta de sono e apetite, insegurança e desânimo, converse com seu oncologista sobre o assunto. Ele poderá recomendar uma visita ao psicólogo.

 

Reconstrução de mama

 

Passível de ser realizada em quase todas as pacientes, a reconstrução da mama pode elevar a autoestima da mulher. No entanto, há dificuldade de acesso para pacientes do SUS, principalmente por fatores econômicos.

 

Para quem não tem acesso, é recomendado o uso de prótese externa afim de equilibrar um pouco do peso sobre a coluna e principalmente para alívio estético e maior liberdade para vestimenta da paciente.

 

Complicações possíveis

 

Entre as complicações está a recidiva, que é a volta de um tumor já tratado. A recidiva do câncer de mama pode ocorrer nos dois ou três primeiros anos após a retirada do tumor. Por isso, é necessário fazer um acompanhamento bem próximo nesse período, com mamografias regulares em intervalos de seis meses ou anualmente mais análise clínica do paciente.

 

Há ainda os possíveis efeitos colaterais das terapias, como a cirurgia, a hormonioterapia, a quimioterapia, a imunoterapia e a radioterapia. Converse com o seu médico sobre o que fazer caso sinta algum sintoma incomum após realizar esses tratamentos.

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