A luz azul emitida pelos nossos dispositivos tem efeitos nocivos sobre a nossa visão. E a luz proveniente da radiação solar, teria um impacto sobre a nossa pele, em particular na indução de cânceres cutâneos?

Com esse intuito, os pesquisadores do Irig, em colaboração com os laboratórios Pierre Fabre Dermo-Cosmétique, quiseram investigar se a luz azul não estaria degradando as enzimas de reparação responsáveis por eliminar os fotoprodutos induzidos no DNA pela radiação solar UVB.Para esse trabalho, os cientistas reconstruíram in vitro epiderme humana para expor à luz azul, seguida pela radiação UV. Os resultados mostram que a exposição à luz azul desacelera fortemente a eliminação dos fotoprodutos.

Em seguida, os pesquisadores repetiram o experimento aplicando preliminarmente nos modelos de pele um protetor solar contendo TriAsorB, que atua como um fotoprotetor contra a luz azul. Nessas condições, a reparação do DNA não foi mais reduzida pela exposição à luz azul. Além disso, um estudo clínico conduzido com voluntários mostrou a eficácia desse protetor solar em proteger o DNA durante exposições solares no verão.Esses dados fornecem importantes informações sobre a toxicidade da radiação solar e abrem novas perspectivas em termos de fotoproteção.