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Em meio ao calor, mais de 560 pessoas morrem durante peregrinação na Arábia Saudita
Notícia
Publicado em 20/06/2024

O calor extremo é o mais novo desafio para centenas de pessoas que iniciaram a peregrinação anual do Hajj na sexta-feira (14) para a Kaaba, na Arábia Saudita. Quase 2 milhões de muçulmanos completam a jornada para a Grande Mesquita de Meca, na quarta-feira (19)

Multidões de visitantes enfrentaram durante a peregrinação um calor extremo de até 51,8° C, disse a TV estatal saudita.

Pelo menos 562 pessoas morreram durante o Hajj, de acordo com uma contagem da Reuters baseada em declarações e fontes do Ministério das Relações Exteriores.

Só o Egito registrou 307 mortes e outros 118 desaparecidos, disseram fontes médicas e de segurança à Reuters.

“Foi muito duro e as pessoas não conseguem suportar esse tipo de calor”, disse Wilayet Mustafa, um peregrino paquistanês.

 

A situação deve piorar

A data do Hajj é determinado pelo ano lunar, que faz com que a peregrinação retroceda 10 dias anualmente. Embora o evento esteja agora avançando para o inverno, na década de 2040 coincidirá com o pico do verão na Arábia Saudita.

 

“Será muito fatal”, disse Fahad Saeed, cientista climático da Climate Analytics, com sede no Paquistão.

 

As mortes relacionadas com o calor durante o Hajj não são novas e foram registadas desde 1400.

 

A falta de aclimatação a temperaturas mais elevadas, o esforço físico intenso, os espaços expostos e a população idosa tornam os peregrinos vulneráveis.

 

No ano passado, mais de 2 mil pessoas sofreram de estresse térmico, segundo autoridades sauditas.

 

A situação ficará muito pior à medida que o mundo aquecer, disseram os cientistas.

 

Saeed e Schleussner publicaram um estudo de 2021 na revista Environmental Research Letters que descobriu que se o mundo aquecer 1,5° C  acima dos níveis pré-industriais, o risco de insolação para os peregrinos no Hajj será cinco vezes maior.

 

O mundo está a caminho de atingir 1,5°C de aquecimento na década de 2030.

 

 

“As pessoas são muito motivadas religiosamente. Para algumas delas, é um caso que acontece uma vez na vida”, disse Saeed, já que cada país recebe um número limitado de vagas. “Se eles tiverem uma chance, eles vão em frente.”, acrescentou.

 

 

 

 

 

 

 

fonte:cnn

 

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