A região genital está úmida, as roupas íntimas estão úmidas de suor e as roupas de banho estão úmidas. Durante o período de calor, as mulheres são expostas a situações que ameaçam sua saúde íntima e favorecem o aparecimento de infecções, como a candidíase.
Os corrimentos aumentam no calor?
A secreção natural da vagina, conhecida como corrimento fisiológico, é benéfica e desempenha o papel de manter a vagina limpa, hidratada e resguardada contra infecções.
Normalmente, essa secreção é transparente ou esbranquiçada, não possui cheiro e sua consistência pode mudar durante o ciclo menstrual.
Por exemplo, durante o período ovulatório, ela costuma se tornar mais viscosa e pegajosa.
No entanto, no verão, devido ao aumento da temperatura, a área genital tende a se tornar mais úmida, o que intensifica a umidade da mucosa e eleva a produção de secreção.
Isso pode perturbar o equilíbrio natural da flora vaginal e favorecer a disseminação de fungos e bactérias.
Portanto, é crucial prestar atenção a sinais como secreção amarela ou verde, cheiro desagradável, coceira ou desconforto.
Estes sintomas podem sugerir uma infecção, tornando essencial consultar um médico para uma avaliação e tratamento apropriado.
Banho de piscina ou mar pode causar infecção?
Não diretamente, mas a permanência prolongada em água salgada ou com cloro —juntamente com o uso de certos produtos de higiene íntima— pode modificar o pH vaginal, o que eleva a probabilidade de infecções por fungos e bactérias.
Ficar com o biquíni molhado causa candidíase?
Manter as roupas de banho úmidas por um longo período contribui para a formação de um ambiente vaginal quente e úmido, o que modifica o pH local, tornando-o mais ácido.
Isso eleva a probabilidade de propagação de fungos, como os responsáveis pela candidíase.
Dor ao urinar, sensação de ardência na vulva, vermelhidão, ardor e secreção que parece uma nata de leite são alguns dos sintomas da condição.
Outras complicações que podem ocorrer ao usar biquíni ou maiô molhados incluem irritações cutâneas e infecções bacterianas.
Portanto, substituir a roupa úmida por uma seca após o banho de mar ou piscina é uma ação simples e eficiente de prevenção.
A alimentação influencia a saúde íntima?
Apesar do verão ser um período propício para relaxar e cometer algumas extravagâncias, é crucial ter cuidado com o que se come.
Alimentos com alto teor de açúcar e carboidratos podem provocar mudanças no corpo, criando um ambiente favorável para o crescimento do fungo responsável pela candidíase, a Candida albicans. Ademais, a ingestão exagerada de álcool e gorduras pode comprometer a imunidade e alterar o pH da área íntima.
Beber mais água no verão contribui para a saúde íntima?
VERDADE. Durante os dias mais quentes, quando a transpiração é mais intensa, é crucial repor os líquidos perdidos para assegurar a boa performance do corpo como um todo.
A hidratação correta preserva a saúde das mucosas, incluindo a vaginal, e auxilia na remoção de toxinas através da urina.
Esta medida simples também contribui para diminuir a probabilidade de infecções urinárias, que podem impactar diretamente a saúde íntima, enfatizando a necessidade de consumir água com frequência, principalmente no período mais quente do ano.
Absorvente interno pode ser usado o dia todo?
Os absorventes internos são seguros para aproveitar a piscina ou o mar, mas devem ser trocados regularmente, no máximo, a cada quatro ou seis horas.
Permanecer com o absorvente por mais tempo aumenta o risco de infecções, incluindo a Síndrome do Choque Tóxico (SCT).
Embora rara, a SCT é causada por toxinas produzidas por certas bactérias, como a Staphylococcus aureus, que podem entrar na corrente sanguínea.
Essa condição desencadeia uma resposta inflamatória sistêmica, podendo afetar múltiplos órgãos e, em casos graves, ser fatal se não tratada rapidamente