O Impacto nas Jovens e nas Redes Sociais

Vivemos em uma era de filtros, likes e selfies perfeitas.
As redes sociais, que deveriam ser espaços de expressão e conexão, muitas vezes se transformam em vitrines irreais de corpos e rostos “perfeitos”.
Esse fenômeno tem causado um impacto profundo — e preocupante — principalmente entre meninas e mulheres jovens.
A Ditadura da Aparência
Os padrões de beleza sempre existiram, mas nunca foram tão massificados quanto agora.
O que antes era limitado às capas de revistas, hoje está ao alcance de um clique.
No Instagram, TikTok e outras plataformas, surgem diariamente novos “ideais” estéticos que impõem um corpo magro, mas curvilíneo; uma pele impecável, mas “natural”; traços europeus, mas com "autenticidade".
O problema não está apenas na busca pela beleza, mas na cobrança constante por um ideal inalcançável e muitas vezes construído digitalmente.
Como Isso Afeta as Jovens?
A pressão estética pode gerar sérias consequências para a saúde mental e física de meninas e mulheres. Entre os principais impactos estão:
Baixa autoestima e insegurança
Transtornos alimentares, como anorexia e bulimia
Depressão e ansiedade
Vício em filtros e cirurgias plásticas precoces
Autocrítica constante e comparação social
Estudos apontam que adolescentes que passam mais tempo nas redes sociais têm maior tendência a se sentirem insatisfeitas com sua aparência.
E isso afeta não só como elas se veem, mas também como se comportam no mundo — evitando sair de casa, falar em público, ou até participar de atividades escolares ou sociais.
Redes Sociais:
Vilãs ou Aliadas?
Apesar de muitas vezes reforçarem padrões nocivos, as redes sociais também podem ser ferramentas de resistência e conscientização.
Cresce o número de influenciadoras que falam abertamente sobre aceitação corporal, saúde mental e a desconstrução da beleza padronizada.
Campanhas como #CorpoLivre, #SemFiltro e #BelezaReal mostram que há um movimento crescente por mais representatividade e diversidade estética.
Caminhos para a Mudança
Educação digital e emocional: Ensinar crianças e adolescentes a consumirem conteúdos com senso crítico é fundamental.
Valorização da diversidade: É importante ampliar as referências de beleza para incluir corpos reais, de diferentes etnias, formas e histórias.
Autoconhecimento e acolhimento: Fortalecer a autoestima das jovens desde cedo, mostrando que valor vai muito além da aparência.
Responsabilidade das plataformas: É necessário cobrar redes sociais por mais transparência com conteúdos manipulados e menos incentivo a padrões tóxicos.
A beleza é plural, viva e imperfeita — como a vida real.
Precisamos criar ambientes, online e offline, onde as jovens possam se sentir livres para serem quem são, sem medo de não “encaixar”.
Porque o corpo não é um padrão a ser seguido, é uma casa a ser respeitada.
Vamos juntas desconstruir padrões e construir autoestima. Afinal, beleza de verdade não cabe em moldes.