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PADRÕES DE BELEZA E PRESSÃO ESTÉTICA
Por Susi Hellen Spindola
Publicado em 24/06/2025 08:30 • Atualizado 24/06/2025 22:34
Espaço Mulher

 

 

 O Impacto nas Jovens e nas Redes Sociais

 

Vivemos em uma era de filtros, likes e selfies perfeitas.

As redes sociais, que deveriam ser espaços de expressão e conexão, muitas vezes se transformam em vitrines irreais de corpos e rostos “perfeitos”.

Esse fenômeno tem causado um impacto profundo — e preocupante — principalmente entre meninas e mulheres jovens. 

A Ditadura da Aparência

Os padrões de beleza sempre existiram, mas nunca foram tão massificados quanto agora.

O que antes era limitado às capas de revistas, hoje está ao alcance de um clique.

No Instagram, TikTok e outras plataformas, surgem diariamente novos “ideais” estéticos que impõem um corpo magro, mas curvilíneo; uma pele impecável, mas “natural”; traços europeus, mas com "autenticidade".

O problema não está apenas na busca pela beleza, mas na cobrança constante por um ideal inalcançável e muitas vezes construído digitalmente. 

Como Isso Afeta as Jovens?

A pressão estética pode gerar sérias consequências para a saúde mental e física de meninas e mulheres. Entre os principais impactos estão:

Baixa autoestima e insegurança

Transtornos alimentares, como anorexia e bulimia 

Depressão e ansiedade 

Vício em filtros e cirurgias plásticas precoces

Autocrítica constante e comparação social

Estudos apontam que adolescentes que passam mais tempo nas redes sociais têm maior tendência a se sentirem insatisfeitas com sua aparência.

E isso afeta não só como elas se veem, mas também como se comportam no mundo — evitando sair de casa, falar em público, ou até participar de atividades escolares ou sociais.

 

Redes Sociais: 

Vilãs ou Aliadas?

Apesar de muitas vezes reforçarem padrões nocivos, as redes sociais também podem ser ferramentas de resistência e conscientização.

Cresce o número de influenciadoras que falam abertamente sobre aceitação corporal, saúde mental e a desconstrução da beleza padronizada. 

Campanhas como #CorpoLivre, #SemFiltro e #BelezaReal mostram que há um movimento crescente por mais representatividade e diversidade estética. 

Caminhos para a Mudança

Educação digital e emocional: Ensinar crianças e adolescentes a consumirem conteúdos com senso crítico é fundamental. 

Valorização da diversidade: É importante ampliar as referências de beleza para incluir corpos reais, de diferentes etnias, formas e histórias.

Autoconhecimento e acolhimento: Fortalecer a autoestima das jovens desde cedo, mostrando que valor vai muito além da aparência.

Responsabilidade das plataformas: É necessário cobrar redes sociais por mais transparência com conteúdos manipulados e menos incentivo a padrões tóxicos. 

A beleza é plural, viva e imperfeita — como a vida real.

Precisamos criar ambientes, online e offline, onde as jovens possam se sentir livres para serem quem são, sem medo de não “encaixar”.

Porque o corpo não é um padrão a ser seguido, é uma casa a ser respeitada.

Vamos juntas desconstruir padrões e construir autoestima. Afinal, beleza de verdade não cabe em moldes.

 

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