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É MITO OU VERDADE ?
Por Susi Hellen Spindola
Publicado em 16/10/2025 09:18
Curiosidades

 

É VERDADE QUE O CORPO LIBERA AQUELES "ESPASMOS" DURANTE O SONO POR QUE O CORAÇÃO PAROU E BOMBEAR SANGUE POR UM PERÍODO CURTO, E COM ESSE "ESPASMO" O CORAÇÃO VOLTA A BOMBEAR SANGUE NOVAMENTE?

 

É MITO!!!

 

O que você está descrevendo é conhecido como “espasmo do sono” ou “soluço hípnico” (também chamado de hipnic jerk em inglês) — e ele não tem relação com o coração parar de bater.

 

Vamos entender direitinho

 

O que realmente acontece

Durante o início do sono, seu corpo começa a relaxar:

 

  • os músculos perdem tensão,
  • a respiração fica mais lenta,
  • e o cérebro entra em ondas cerebrais mais lentas.

 

 

Nessa transição entre vigília e sono profundo, o cérebro às vezes interpreta o relaxamento muscular como se o corpo estivesse “caindo” — um reflexo primitivo de proteção.

 

➡️ Então ele envia um sinal elétrico súbito aos músculos, causando aquele “tranco” ou “sacudida” involuntária — o espasmo hípnico.

 

❤️ E o coração?

Durante esse fenômeno:

 

  • O coração não para.
  • A circulação continua normal.

 

O batimento pode até acelerar momentaneamente, justamente por causa do susto reflexo — mas não há nenhuma interrupção do bombeamento sanguíneo.

 

Não existe nenhuma evidência científica de que o espasmo do sono ocorra para “reiniciar” o coração.

 

Causas comuns dos espasmos do sono

Eles são comuns e inofensivos, e podem ser desencadeados por:

 

  • Estresse e ansiedade
  • Falta de sono
  • Excesso de cafeína ou estimulantes
  • Prática de exercícios intensos antes de dormir
  • Privação de descanso ou sono irregular

 

 

Curiosidade

Pesquisas da American Academy of Sleep Medicine mostram que até 70% das pessoas têm espasmos do sono de vez em quando — e isso é considerado totalmente normal.

 

⚠️ Quando investigar?

Somente se:

  • os espasmos forem muito frequentes ou fortes,
  • vierem acompanhados de dificuldade para dormir,
  • ou houver outros sintomas neurológicos.

 

Nesses casos, o ideal é procurar um neurologista ou especialista em sono para avaliar.

 

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