De acordo com uma nova análise de várias sepulturas, caçadores-coletores em regiões da Ásia antiga costumavam defumar seus mortos para o enterro, prática que remonta a até 14.000 anos atrás, sendo essa a evidência mais antiga conhecida de mumificação humana.

Povos ao redor do mundo realizaram a mumificação, que consiste na preservação de restos orgânicos. Para evitar a decomposição, diferentes métodos foram empregados, como calor, fumaça, sais, congelamento e embalsamamento, com o objetivo de remover a umidade dos tecidos moles do corpo. Os vestígios analisados pelos cientistas na China, Vietnã e Indonésia não apresentavam sinais visíveis de mumificação. No entanto, a análise de marcas de carbonização nos esqueletos — que foram enterrados após serem dobrados rigidamente em posição de cócoras — indicou que eles foram expostos a calor baixo por um longo período, o que pode ter secado e preservado os corpos.As descobertas também indicam que caçadores-coletores possuíam sistemas complexos para lidar com os mortos, o que pode apontar para crenças sofisticadas sobre o que deveria ocorrer com o corpo humano após a morte, declarou a Dra. Emma L. Baysal é docente associada no departamento de arqueologia da Universidade Bilkent, localizada em Ancara, Turquia.