
- Quando a Grécia desafiou o maior império do mundo
O cenário antes dos conflitos
No final do século VI a.C., o Império Persa, sob Ciro, Cambises e depois Dario I, se expandia pelo Oriente Médio e Ásia Menor. Pequenas cidades gregas na costa da Anatólia (Jônia) estavam sob domínio persa.
A faísca inicial (499 a.C.)
A Revolta Jônica foi o estopim. Cidades gregas na Jônia, apoiadas por Atenas e Éretria, se rebelaram contra o controle persa. A revolta foi sufocada, mas acendeu o desejo persa de punir Atenas.
Primeira Guerra Médica (492–490 a.C.)
Dario I enviou uma expedição para subjugar Atenas e Éretria. A campanha culminou na Batalha de Maratona (490 a.C.), onde os atenienses, em menor número, venceram e forçaram a retirada persa.
Segunda Guerra Médica (480–479 a.C.)
Xerxes I, filho de Dario, reuniu um exército colossal e invadiu a Grécia.
Termópilas (480 a.C.): resistência lendária de Leônidas e 300 espartanos.
Salamina (480 a.C.): frota ateniense derrota os persas em combate naval decisivo.
Plateias (479 a.C.): vitória terrestre final dos gregos.
Terceira fase e a ofensiva grega (479–449 a.C.)
Após as vitórias defensivas, cidades-Estado gregas, lideradas por Atenas e sua Liga de Delos, levaram a guerra ao território persa, libertando colônias gregas na Ásia Menor.
Fim do conflito (449 a.C.)
A Paz de Cálias (provavelmente) encerrou oficialmente as hostilidades, reconhecendo a autonomia das cidades gregas da Ásia Menor e limitando a presença persa no Egeu.
Impactos históricos
Fortalecimento de Atenas como potência naval.
Início da chamada Idade de Ouro de Atenas.
Intensificação da rivalidade com Esparta, que levaria à Guerra do Peloponeso.
O termo “Guerras Médicas” vem de “Medos”, um povo integrado ao Império Persa, usado pelos gregos para se referir genericamente aos persas.
Foi mais do que uma luta territorial — foi o confronto entre um império centralizado e cidades-Estado independentes, moldando a história do mundo ocidental.