O longo conflito dos maias contra o domínio no México ⚔️
1/ A chamada Guerra de Castas foi um dos maiores e mais longos levantes indígenas da América. Ocorreu na Península de Yucatán, no México, entre 1847 e 1901, liderada pelos maias contra a elite branca (criollos e mestiços).
2/ Causas principais:
- Exploração econômica dos povos maias.
- Trabalho forçado em fazendas e plantações de henequén.
- Desigualdade social extrema.
- Discriminação racial.
3/ 1847: O estopim.
Após anos de abusos, os maias se rebelaram, liderados por Jacinto Pat e Cecilio Chi. O movimento começou com ataques às cidades controladas pelos brancos.
4/ 1848: A rebelião quase tomou toda a Península de Yucatán. As elites criollas estavam prestes a perder o controle quando pediram apoio militar ao México e até consideraram anexar Yucatán aos EUA para sobreviver.
5/ 1850: Surge a figura do “Cruz Parlante” (Cruz Falante), um símbolo religioso que fortalecia a resistência maia, prometendo orientação divina para vencer os inimigos.
6/ Durante as décadas seguintes, os maias controlaram boa parte do leste de Yucatán, fundando sua própria capital em Chan Santa Cruz. Era, na prática, um Estado Maia independente.
7/ O conflito se arrastou com avanços e recuos. Enquanto isso, o governo mexicano tentava retomar territórios, mas encontrava resistência feroz.
8/ 1870–1880: A Guerra perdeu força. Enfraquecimento interno, divisões e a pressão militar do governo central foram reduzindo a área controlada pelos rebeldes.
9/ 1901: O Exército Mexicano ocupa Chan Santa Cruz, marcando simbolicamente o fim da Guerra de Castas. Contudo, a resistência maia não desapareceu totalmente, persistindo em focos isolados por anos.
10/ Consequências:
- Milhares de mortos.
- Destruição de comunidades.
- Aumento da marginalização dos povos maias.
- A resistência deixou como legado uma forte identidade cultural e histórica.
11/ A Guerra de Castas é lembrada hoje como um dos maiores movimentos de resistência indígena da América Latina. Uma luta contra a exploração, o racismo e pela preservação da autonomia.