
LUTAS POR RESPEITO E VISIBILIDADE
Mulheres trans e travestis: luta por respeito e visibilidade Ser mulher trans ou travesti no Brasil é resistir todos os dias — e também é reinventar o mundo com coragem, identidade e potência.
Apesar de tantos avanços, a realidade ainda é marcada pela exclusão, violência e invisibilidade. Mas as mulheres trans e travestis seguem transformando suas dores em luta e abrindo caminhos para o futuro.
Vamos falar sobre isso?
⚠️ A realidade
O Brasil é um dos países que mais mata pessoas trans no mundo. A expectativa de vida de uma mulher trans ou travesti aqui é de 35 anos, em grande parte devido à transfobia estrutural.
A exclusão começa cedo: na escola, no mercado de trabalho, na saúde pública, nos espaços de decisão e na própria família.
✊ Mas há luta — e há resistênciaApesar do apagamento histórico, mulheres trans e travestis ocupam cada vez mais espaços:
Na política: como Erika Hilton e Duda Salabert, parlamentares trans que fazem história.
Erika Hilton
Duda Salabert 
Na academia: pesquisadoras, escritoras, professoras.
Na arte: cantoras, atrizes, performers que rompem estigmas.
No empreendedorismo: criando seus próprios negócios e redes de apoio.
️ No ativismo: liderando movimentos por direitos humanos e dignidade.
Representatividade salva vidas
Quando uma menina trans vê uma mulher trans sendo respeitada, bem-sucedida e reconhecida, ela se vê com um futuro possível. Visibilidade não é vaidade — é sobrevivência.
É preciso garantir que mulheres trans e travestis tenham acesso pleno à educação, saúde, moradia, emprego e afeto. Não é favor — é justiça.
O que podemos (e devemos) fazer:
✅ Respeitar nome e identidade de gênero.
✅ Combater piadas, estigmas e discursos transfóbicos.
✅ Apoiar iniciativas e negócios liderados por pessoas trans.
✅ Estudar, ouvir e dar voz sem interromper.
✅ Cobrar políticas públicas efetivas para a população trans.
Toda mulher trans e travesti merece viver com dignidade, liberdade e orgulho. Que o respeito não seja exceção — seja regra.Transfobia mata. Visibilidade transforma. Amor acolhe.
Quem são as mulheres trans e travestis que te inspiram? Marque, compartilhe e fortaleça. ✨️⚧️
• Dados de assassinatos em 2024 (Brasil)
122 pessoas trans foram assassinadas em 2024 no Brasil, segundo o dossiê da ANTRA
Dessas, 117 eram mulheres trans ou travestis, o que representa 95,9 % do total
Isso mostra que quase 96 % dos homicídios da população trans no Brasil em 2024 foram contra mulheres trans.
Comparativo
Em 2023, foram 145 mortes de pessoas trans, com 93,3 % correspondendo a mulheres trans/travestis
A proporção se manteve alta: mais de 9 em cada 10 vítimas trans são mulheres trans, ano após ano.
⚠️ Contexto e análises
A prevalência de violência contra mulheres trans e travestis é uma tragédia estrutural, ligada ao machismo, racismo e transfeminicídio.
A ANTRA destaca que essa porcentagem se sustenta ano a ano, reforçando o padrão específico de violência dirigido a essa população.
✅ Resumo
2024 (Brasil):
Total de pessoas trans assassinadas: 122
Mulheres trans/travestis: 117 → 95,9 %
Dados 2024 no Brasil (Antra)
122 pessoas trans assassinadas em 2024, queda de 16% em relação a 2023 (145 vítimas)
Destas, 117 eram mulheres trans e travestis — o que representa impressionantes 95,9 % do total.
Perfis das vítimas:
49 % tinham entre 18–29 anos;
21 % entre 30–39 anos;
apenas 3 % eram menores de 18
️ Onde ocorrem os assassinatos
Estados com mais casos em 2024:
São Paulo (16 mortes)
Minas Gerais (12)
Ceará (11) .
68 % dos casos ocorreram no interior, fora das capitais
A maioria dos crimes aconteceu em via pública (68 %), à noite
✊ Raça e classe social
Em 86 casos onde houve registro de raça/cor, 78 % das vítimas eram negras (pretas ou pardas)
A maioria das vítimas vinha de contexto de vulnerabilidade social e trabalho sexual
Panorama histórico
Desde 2008, a Antra registrou 1.179 assassinatos de pessoas trans no Brasil
Os picos mais altos de vítimas foram em 2017 (179) e 2020 (175)
No período de 2022 a 2024, a proporção de mulheres trans assassinadas sempre superou os 93 % .
Comparativo global
O Brasil lidera globalmente em número absoluto de assassinatos de pessoas trans por 17 anos consecutivos.
Em 2023, o país foi responsável por 31 % de todos os assassinatos de pessoas trans registrados no mundo (321 no total).
Pela TMM (Trans Murder Monitoring), 94 % das vítimas globais são mulheres trans