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MULHERES TRANS E TRAVESTIS
Por Susi Hellen Spindola
Publicado em 22/07/2025 08:30
Espaço Mulher

 

 

      LUTAS POR RESPEITO E VISIBILIDADE

 

Mulheres trans e travestis: luta por respeito e visibilidade Ser mulher trans ou travesti no Brasil é resistir todos os dias — e também é reinventar o mundo com coragem, identidade e potência.

 

Apesar de tantos avanços, a realidade ainda é marcada pela exclusão, violência e invisibilidade. Mas as mulheres trans e travestis seguem transformando suas dores em luta e abrindo caminhos para o futuro.

 

Vamos falar sobre isso?

 

⚠️ A realidade

O Brasil é um dos países que mais mata pessoas trans no mundo. A expectativa de vida de uma mulher trans ou travesti aqui é de 35 anos, em grande parte devido à transfobia estrutural.

 

A exclusão começa cedo: na escola, no mercado de trabalho, na saúde pública, nos espaços de decisão e na própria família.

 

✊ Mas há luta — e há resistênciaApesar do apagamento histórico, mulheres trans e travestis ocupam cada vez mais espaços:

 

Na política: como Erika Hilton e Duda Salabert, parlamentares trans que fazem história.

Erika Hilton

Duda Salabert 

 

Na academia: pesquisadoras, escritoras, professoras.

 

Na arte: cantoras, atrizes, performers que rompem estigmas.

 

No empreendedorismo: criando seus próprios negócios e redes de apoio.

 

️ No ativismo: liderando movimentos por direitos humanos e dignidade.

 

Representatividade salva vidas

Quando uma menina trans vê uma mulher trans sendo respeitada, bem-sucedida e reconhecida, ela se vê com um futuro possível. Visibilidade não é vaidade — é sobrevivência.

É preciso garantir que mulheres trans e travestis tenham acesso pleno à educação, saúde, moradia, emprego e afeto. Não é favor — é justiça.

 

O que podemos (e devemos) fazer:

✅ Respeitar nome e identidade de gênero.

 

✅ Combater piadas, estigmas e discursos transfóbicos.

 

✅ Apoiar iniciativas e negócios liderados por pessoas trans.

 

✅ Estudar, ouvir e dar voz sem interromper.

 

✅ Cobrar políticas públicas efetivas para a população trans.

 

Toda mulher trans e travesti merece viver com dignidade, liberdade e orgulho. Que o respeito não seja exceção — seja regra.Transfobia mata. Visibilidade transforma. Amor acolhe.

Quem são as mulheres trans e travestis que te inspiram? Marque, compartilhe e fortaleça. ✨️‍⚧️

 

• Dados de assassinatos em 2024 (Brasil)

 

122 pessoas trans foram assassinadas em 2024 no Brasil, segundo o dossiê da ANTRA

 

Dessas, 117 eram mulheres trans ou travestis, o que representa 95,9 % do total 

 

Isso mostra que quase 96 % dos homicídios da população trans no Brasil em 2024 foram contra mulheres trans.

 

Comparativo

 

Em 2023, foram 145 mortes de pessoas trans, com 93,3 % correspondendo a mulheres trans/travestis 

 

A proporção se manteve alta: mais de 9 em cada 10 vítimas trans são mulheres trans, ano após ano.

 

 

⚠️ Contexto e análises

 

A prevalência de violência contra mulheres trans e travestis é uma tragédia estrutural, ligada ao machismo, racismo e transfeminicídio.

 

A ANTRA destaca que essa porcentagem se sustenta ano a ano, reforçando o padrão específico de violência dirigido a essa população.

 

 

✅ Resumo

 

2024 (Brasil):

 

Total de pessoas trans assassinadas: 122

 

Mulheres trans/travestis: 117 → 95,9 %

 

Dados 2024 no Brasil (Antra)

122 pessoas trans assassinadas em 2024, queda de 16% em relação a 2023 (145 vítimas) 

 

Destas, 117 eram mulheres trans e travestis — o que representa impressionantes 95,9 % do total.

Perfis das vítimas:

 

49 % tinham entre 18–29 anos;

 

21 % entre 30–39 anos;

 

apenas 3 % eram menores de 18 

 

️ Onde ocorrem os assassinatos

 

Estados com mais casos em 2024:

 

São Paulo (16 mortes)

 

Minas Gerais (12)

 

Ceará (11) .

 

68 % dos casos ocorreram no interior, fora das capitais 

 

A maioria dos crimes aconteceu em via pública (68 %), à noite 

 

 

✊ Raça e classe social

 

Em 86 casos onde houve registro de raça/cor, 78 % das vítimas eram negras (pretas ou pardas) 

 

A maioria das vítimas vinha de contexto de vulnerabilidade social e trabalho sexual 

 

Panorama histórico

Desde 2008, a Antra registrou 1.179 assassinatos de pessoas trans no Brasil 

 

Os picos mais altos de vítimas foram em 2017 (179) e 2020 (175) 

 

No período de 2022 a 2024, a proporção de mulheres trans assassinadas sempre superou os 93 % .

 

 

Comparativo global

O Brasil lidera globalmente em número absoluto de assassinatos de pessoas trans por 17 anos consecutivos.

 

Em 2023, o país foi responsável por 31 % de todos os assassinatos de pessoas trans registrados no mundo (321 no total). 

 

Pela TMM (Trans Murder Monitoring), 94 % das vítimas globais são mulheres trans 

 

 

 

 

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