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FEVEREIRO ROXO E LARANJA: LEUCEMIA
Saúde
Publicado em 24/02/2025

Leucemia

 

O que é Leucemia?

A leucemia é um tipo de câncer maligno que provoca o acúmulo de células doentes na medula óssea, substituindo as saudáveis.

É uma doença dos glóbulos brancos e, geralmente, de origem desconhecida.

Alguns dos sintomas causados pela condição incluem fraqueza, perda de peso e febre.

A medula é o local de formação das células sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos.

Nela, são encontradas as células mães ou precursoras, que originam os elementos do sangue: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e plaquetas.

Causas

A leucemia é causada por uma alteração genética adquirida que leva à divisão e à morte celular na medula óssea, local de fabricação das células sanguíneas, substituindo as saudáveis — ou seja, não se trata de uma doença hereditária.

A divisão e morte celular são controladas por informações contidas nos genes, dentro dos cromossomos.

Em casos de leucemia, os erros que ocorrem no processo de divisão celular podem provocar uma alteração que ativa os

oncogenes, genes relacionados ao aparecimento e ao crescimento de tumores capazes de promover a divisão celular ou desativar os genes supressores de tumor.

Em ambos os casos, há multiplicação exagerada de uma mesma célula, levando ao surgimento do câncer.

Tipos

Os médicos classificam a leucemia com base na velocidade de progressão e nos tipos de células envolvidas.

O primeiro tipo de classificação é a rapidez com que a leucemia progride:

Leucemia mieloide aguda (AML)

Leucemia mieloide aguda é um tipo de câncer nas células do sangue e na medula óssea, região em que as células do sangue são produzidas.

Esse tipo de leucemia ataca as células mieloides, que normalmente se desenvolvem formando alguns tipos de glóbulos brancos, que funcionam na defesa do nosso corpo, principalmente contra infecções.

A AML ocorre em crianças e adultos.

Leucemia linfoide aguda (LLA)

A leucemia linfoide aguda é um tipo de câncer caracterizado pela multiplicação de células imaturas de origem linfoide, fazendo com que elas se infiltrem na medula óssea, ocupando o espaço das células sanguíneas saudáveis.

A doença é mais comum em crianças e corresponde a 30% das neoplasias infantis. 

Leucemia mieloide crônica (LMC)

Este tipo de leucemia afeta principalmente os adultos.

Uma pessoa com LMC pode ter poucos ou nenhum sintoma durante meses ou anos antes de entrar em uma fase em que as células de leucemia crescem mais rapidamente.

A LMC se distingue dos outros tipos de leucemia pela presença de uma anormalidade genética nos glóbulos brancos, denominada cromossomo Philadelphia (Ph+). 

Os cromossomos das células humanas compreendem 22 pares (numerados de 1 a 22 e dois cromossomos sexuais), num total de 46 cromossomos. 

Nos pacientes com a doença, estudos mostraram que existe uma translocação (fusão de uma parte de um cromossomo em outro cromossomo) em dois cromossomos, os de número 9 e 22, caracterizando assim a leucemia mieloide crônica.

O segundo tipo de classificação envolve a forma como o glóbulo branco é afetado:

Leucemia linfocítica:

este tipo de leucemia afeta as células linfoides (linfócitos), que formam tecido linfático ou linfático.

O tecido linfático compõe o sistema imunológico

Leucemia mielógena:

este tipo de leucemia afeta as células mieloides.

As células mieloides geram glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e células produtoras de plaquetas

Leucemia linfocítica aguda:

mais comum em crianças pequenas, a ALL ocorre quando as células-tronco, glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas sofrem alterações

leucemia linfocítica crônica:

ocorre em virtude de uma lesão adquirida, ou seja, não hereditária, no material genético de um linfócito na medula-óssea.

Esta célula passa a proliferar sem controle e a invadir diferentes tecidos e o sistema sanguíneo.

 

Sintomas:

Os principais sintomas são:

Febre ou calafrios

Anemia

Fadiga

Fraqueza

Infecções frequentes ou graves

Perda de peso sem esforço

Aumento do fígado ou aumento do baço

Sangramento fácil ou hematomas

Hemorragias nasais recorrentes

Manchas vermelhas minúsculas na pele

Transpiração excessiva (principalmente à noite)

Dor nos ossos ou articulações

A leucemia de crescimento lento ou crônica pode ser assintomática no início.

Já os quadros de cunho agressivo ou de rápido crescimento podem levar a sintomas graves.

Em caso de células que se infiltram no cérebro, sintomas como dor de cabeça, convulsões, perda de controle muscular e vômito podem ocorrer.

Diagnóstico

O diagnóstico de leucemia é feito por um hematologista a partir da realização dos seguintes exames: 

Exames de sangue:

ao examinar uma amostra do sangue, o especialista pode determinar se tem níveis anormais de células vermelhas ou brancas ou plaquetas, o que pode sugerir leucemia

Exame físico:

o especialista vai avaliar a presença dos sintomas físicos de leucemia, como pele pálida de anemia, inchaço dos linfonodos e aumento do fígado e do baço

Teste de medula óssea:

o exame é feito a partir de uma amostra de medula óssea, removida com uma agulha comprida e fina.

A amostra é enviada para um laboratório para procurar células de leucemia.

Testes especializados das células de leucemia podem revelar certas características usadas para determinar as opções de tratamento.

Tratamento

O tratamento para a leucemia depende de muitos fatores.

O médico irá determinar as opções com base na idade e na saúde geral do paciente, além do tipo de leucemia que o indivíduo apresenta ou se o tumor já espalhou para outras partes do corpo, incluindo o sistema nervoso central.

Os tratamentos comuns utilizados para combater a leucemia incluem:

Quimioterapia:

é a principal forma de tratamento para leucemia e usa substâncias químicas para matar células de leucemia.

Dependendo do tipo de leucemia, é possível receber um único medicamento ou uma combinação de drogas.

Essas drogas podem vir em uma forma de pílula ou podem ser injetadas diretamente em uma veia

Terapia biológica:

funciona usando tratamentos que ajudam o sistema imunológico a reconhecer e atacar células de leucemia. 

Terapia direta:

usa drogas que atacam vulnerabilidades específicas dentro das células cancerígenas.

Por exemplo, o fármaco imatinib (Gleevec) para a ação de uma proteína dentro das células de leucemia de pessoas com leucemia mieloide crônica.

Isso pode ajudar a controlar a doença

Radioterapia:

usa raio-X ou outros feixes de alta energia para danificar células de leucemia e parar seu crescimento

Transplante de células estaminais:

é um procedimento para substituir a medula óssea doente por medula óssea saudável.

Antes de um transplante de células estaminais, a pessoa recebe altas doses de quimioterapia ou radioterapia para destruir sua medula óssea doente. Então, recebe uma infusão de células-tronco formadoras de sangue que ajudam a reconstruir a medula óssea.

Tem cura?

Leucemia tem cura?

A leucemia tem cura.

O tratamento com quimioterapia ou transplante de medula óssea costuma surtir efeito com grande sucesso na maioria dos casos de leucemia, especialmente em crianças que foram diagnosticadas precocemente.

Em adultos, a taxa de cura pode ser menor. 

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