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Minoxidil causa 'síndrome do lobisomem' em bebês
Publicado em 09/01/2025 11:48
Saúde

Batizada oficialmente de hipertricose, a condição dermatológica rara causa um crescimento excessivo de pelos em diferentes áreas do corpo, podendo ter origem genética ou adquirida.

No mês de abril de 2023, o Centro de Farmacovigilância de Navarra, na Espanha, tomou conhecimento do caso de um recém-nascido que começou a desenvolver pelos nas costas e pernas durante dois meses.

Depois de descartar possíveis doenças e outras causas, descobriram que o pai fazia uso de Minoxidil 5% tópico — e estava em licença paternidade para cuidar do filho há um mês. Logo após interromperem o uso do Minoxidil, o crescimento dos pelos diminuiu até desaparecer completamente.

De acordo com o relatório divulgado pelo Centro de Farmacovigilância de Navarra, o medicamento pode ter sido absorvido pelos bebês através da pele, que é mais permeável nessa etapa, ou através da boca, ao morder o dedo.

Os cientistas advertem que a ocorrência da síndrome do lobisomem em mulheres grávidas é séria, pois resulta da exposição de um grupo etário suscetível ao qual o medicamento não é recomendado.

Isso é tão relevante que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) já ordenou a inclusão desse aviso na bula das loções contendo minoxidil aprovadas na União Europeia.

No entanto, especialistas afirmam que é viável tratar a calvície sem causar danos às crianças.

 

No caso dos recém-nascidos, o perigo reside no uso tópico do Minoxidil. Ao usar o medicamento pela via sublingual, isto é, sem passar pela absorção intestinal, ocorre uma diminuição na severidade desse efeito colateral. Portanto, o Minoxidil administrado sublingualmente causa menos hipertricose, conforme afirma Thiago Cunha.

 

 

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