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- Nascida em 31 de julho de 1962, Jan Broberg Felt é a filha mais velha de Bob Broberg e Mary Ann Broberg. Suas irmãs são Susan e Karen. O seu pai era dono de uma floricultura, e sua mãe, dona de casa. Aos 8 anos, Jan e sua família conheceram o novo vizinho, Robert B. Berchtold.
-Robert era casado e tinha filhas da mesma idade que as meninas da família de Jan. Logo, todos se tornaram próximos e ele foi apelidado como “B” quando conquistou todos por também frequentar a igreja local de Idaho, nos Estados Unidos. Jan dormia na casa dele junto de suas irmãs.
- B já era quase o segundo pai de Jan. Certo dia, em uma das ocasiões em que as irmãs estavam dormindo na casa dele, Jan acordou ao lado dele.
-Sua calcinha estava nos tornozelos e B disse que ela estava se mexendo muito e que a roupa poderia ter descido, sendo assim, o ocorrido passou batido.
-Com o tempo, B foi manipulando os pais de Jan para que pudesse ter mais acesso à ela: relatou que havia sofrido abusos sexuais na infância e que parte de sua terapia consistia em estar perto de Jan.
- Os pais não desconfiaram e aceitaram. Ele dormiu com Jan 4 vezes por semana, durante 7 meses.
- Jan dormia no mesmo quarto que a irmã, mas as coisas mudaram quando B construiu uma parede no meio do cômodo, dividindo em dois para poder ficar sozinho com ela.
- Durante esse tempo, B manipulava a mãe e o pai da Jan, se relacionando sexualmente com ambos, fazendo com que eles se traíssem, sem saberem.
- Ele, inclusive, dizia que dava vitaminas para Jan, mas na verdade, eram sedativos. Após a garota completar 12 anos, B ligou para a mãe de Jan pedindo permissão para levá-la para andar a cavalo, e ela concordou. B então buscou Jan na aula de piano e logo deu sedativos para ela.
- Sendo assim, Jan adormeceu dentro do carro, sem ver para onde estava sendo levada. A mulher de B se preocupou com a demora e foi até a casa da família de Jan, mas disse que não deveria ser algo grave, evitando que alguém ligasse para a polícia e pedisse ajuda.
-Dias se passaram e os pais de Jan não haviam tomado nenhuma providência por achar que B estava protegendo a filha deles. Por fim, decidiram ligar para a polícia e finalmente começaram as buscas pelos dois. Enquanto isso, Jan acordou sozinha, com os pés e tornozelos amarrados.
- Ela estava em um trailer e começou a ouvir uma voz estranha saindo de um toca fitas próximo. A voz dizia que Jan havia sido concebida por sua mãe com um alienígena, e por isso, precisava cumprir a missão de ter um filho até os seus 16 anos, para conseguir salvar o planeta.
- Jan estava muito drogada durante quase o tempo inteiro, e foi ameaçada “pela voz” dizendo que se ela não aceitasse a missão em segredo, sua irmã seria raptada para ficar no lugar dela, já que também era filha de um alienígena. Sendo assim, Jan "concordou".
- Ao “acordar”, B ainda fingiu estar apavorado, disse que eles estavam na estrada quando uma luz consumiu toda a visão, sendo abduzidos. Jan pediu para que ele fosse seu parceiro homem na missão, e ele concordou afirmando que nada de ruim iria acontecer com ninguém.
- “Nas primeiras semanas, eu nem sabia quanto tempo tinha se passado. Lembro bem dele mexendo nos armários do trailer, e um deles tinha 3 ou 4 livros. Eu sabia que os livros eram sobre sexo. E logo em seguida, a voz alienígena disse...”
- “'Achamos que está na hora de pedir ao seu companheiro homem para fazer aquilo que torna as pessoas felizes’... Eu não me lembro de um estupro violento, como já ouvi outras mulheres descreverem. Ele só inseria um pouquinho do pênis.”, relatou Jan.
- 35 dias após o sequestro, em 20 de novembro de 1975, B ligou para o irmão dele, dizendo que sairia do deserto do México onde estava com Jan e retornaria aos Estados Unidos, se os pais dela permitissem que eles se casassem. Caso contrário, ele seria preso por ter 40 anos e ela 12.
- O irmão já estava ciente de que B era pedófilo, por quando por exemplo, ele aos 13 anos assediou sexualmente sua própria irmã, que tinha apenas 7 anos. Então, ele avisou à polícia. Sendo assim, rastrearam as ligações, localizaram o trailer e prenderam B.
- Jan estava com medo de perder B e não poder cumprir a missão. B disse à ela que não poderia contar sobre os remédios, sobre os alienígenas, sobre a missão ou sobre os contatos sexuais que tiveram. Pois se ela o fizesse, sua irmã ficaria cega e seu pai morreria.
- Com um anel de ouro, B subornou um policial da delegacia que acompanhava o caso, e conseguiu falar com Jan. Ela o prometeu que não contaria informações a ninguém e que não faria grande contato com outros homens, incluindo seu próprio pai. Os familiares a buscaram.
- Jan foi examinada por um médico, que afirmou que ela não havia sido estuprada. Mas, na verdade, B apenas tinha tomado cuidado para que o hímen não fosse rompido e usassem isso como prova. Quando a família foi acusar B de sequestro, a mulher dele ameaçou o casal.
- Ela disse que contaria à todos do caso homossexual entre o pai de Jan e B, caso eles levassem o processo a diante. Com medo, a família retirou a queixa e evitaram chamar a atenção dos vizinhos.
- Ao passar do tempo, B continuou manipulando os pais de Jan. Quando ela completou 14 anos, B comprou um parque de diversões e ela insistiu para que sua família a deixassem ir trabalhar no local durante as férias, até que eles praticamente foram obrigados a concordar.
- Depois de se passar quase três semanas, Jan precisou voltar para a casa. Ela já achava que estava apaixonada e deveria ficar com B para que os alienígenas não machucassem ninguém. Portanto, decidiu que precisava escrever uma carta avisando que estava fugindo de casa.
- Devido ao primeiro sequestro, a polícia fez uma busca no trailer de B, mas não encontrou nada suspeito. Enquanto isso, ele ligava para os pais de Jan, dizendo que ela havia apenas feito contato via telefone com ele, e que ela estava se prostituindo para ter dinheiro e usar drogas.
- O tempo passou e não haviam notícias sobre Jan. Foi quando dois agentes decidiram vigiar B, até que um dia ele utilizou uma cabine telefônica para fazer uma ligação de 12 minutos e deixou para trás o número de uma escola católica para meninas. Eles então ligaram para o local.
- Ao falarem o nome de Jan, notaram que o ela não estava lá. Porém, pouco tempo depois, descobriram que ela foi matriculada com outro nome. B havia dito as freiras que era um agente do FBI procurado por bandidos, que Jan era sua filha e que sua esposa havia falecido.
- Após B e Jan serem localizados, ele foi condenado somente à 45 dias de prisão, por ter colaborado com as investigações. Mas, foi solto em 10 dias por bom comportamento. Depois, ele começou a perder o contato com Jan, que agia de forma mais estranha do que nunca perto dos seus familiares.
- Jan não se abria com ninguém, pelo medo de fazer qualquer deslize e ser punida pelos extraterrestres. Ela até se mudou para outra cidade para estudar, mas sua preocupação com a “missão” não cumprida era constante. Aos 16 anos, Jan começou a se questionar sobre os alienígenas.
- Ela não havia engravidado como deveria e todas as coisas ainda estavam “normais”, ninguém machucado ou morto. Ao longo do tempo, Jan ela se aproximou de uma garota, que se tornou sua melhor amiga, a quem ela decidiu contar sobre isso. Jan foi aconselhada a contar isso aos pais.
- Jan e sua mãe começaram a palestrar em vários eventos, nos quais B tentou entrar em diversas ocasiões. Ele ainda distribuiu falsos panfletos pela cidade de Pocatello, dizendo que tinha livre acesso à Jan, em troca de favores sexuais com os pais dela.
- “Se eu fosse contar as vezes que ele tentou iniciar contato sexual comigo... entre os dois sequestros, no meio tempo e depois, seria mais de 200 vezes”, confirmou Jan. Foi assim que ela entrou com um pedido de ordem de restrição e teve que ir ao tribunal, pois B contestou.
-“Acho que ele só queria me ver de perto. Eu consegui a ordem de restrição pelo resto da vida.”, esclareceu Jan. Quando Robert iria ser condenado, ele cometeu suicídio. Seis mulheres também entraram em contato com a polícia, pois haviam sido violentadas sexualmente por ele na infância.
- Anteriormente, Robert já havia sido condenado à 1 ano de prisão por estuprar uma criança. Hoje, Jan é mãe, atriz e trabalhadora bem sucedida, apesar dos traumas. O documentário “Sequestrada a luz do dia”, que relata em detalhes o caso, está disponível na Netflix.