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CRIME: LAWSON FAMILY MURDERS
Por Susi Hellen Spindola
Publicado em 04/12/2025 11:46
Crimes Horríveis

 

 

 

⚠️ A história é pesada e violenta.

O que foi o Lawson family murders

 

Em 25 de dezembro de 1929, o lavrador Charles Davis Lawson matou sua esposa e seis de seus sete filhos em sua propriedade rural em Germanton, estado da Carolina do Norte (EUA). 

 

Logo depois dos assassinatos, Lawson cometeu suicídio na floresta próxima. 

 

A única sobrevivente foi o filho mais velho, Arthur Lawson — ele havia sido enviado em uma tarefa fora de casa momentos antes do crime começar. 

 

 

Quem eram as vítimas e a família

A esposa: Fannie Manring (37 anos) 

 

Filhos: uma filha de 17 anos, outra de 12, uma de 7, dois meninos de 4 e 2 anos e um bebê de 4 meses. 

 

A família trabalhava como agricultores de tabaco — por anos foram “tenant farmers” (arrendatários), e em 1927 haviam conseguido comprar sua própria fazenda. 

 

Poucos dias antes do crime, Lawson havia levado a família para comprar roupas e fazer uma foto — um gesto incomum para uma família trabalhadora da época. Isso alimentou a suspeita de que o ato já estava planejado.

 

 

Como aconteceu: os assassinatos

 

Primeiro, Lawson matou duas de suas filhas (as maiores, de 12 e 7 anos) quando saíam para visitar parentes — esperou no celeiro de tabaco, usou uma espingarda calibre 12 e depois bateu para garantir a morte, arrastando os corpos para o celeiro.

 

 

Em seguida, voltou para a casa, matou a esposa na varanda com uma arma de fogo. 

 

 

Dentro da casa, quando a filha adolescente gritou, ele matou a menina. Então encontrou os dois meninos, que se escondiam, e os assassinou também. O bebê de 4 meses também não foi poupado — acredita-se que tenha sido espancado até a morte. 

 

Depois disso, ele foi à floresta e atirou em si mesmo — o som do disparo alertou pessoas que já haviam se reunido no local por causa dos gritos.

 

 

As vítimas foram encontradas com os braços cruzados e pedras sob suas cabeças — um arranjo que, para muitos, soou como um “ritual” ou uma tentativa de dar sentido à tragédia. 

 

 

❓ Motivos e teorias

Até hoje não existe um consenso definitivo sobre a motivação do massacre. As principais teorias:

 

 

Alguns parentes e vizinhos acreditavam que, meses antes, Lawson havia sofrido uma lesão na cabeça, o que poderia ter alterado seu estado mental e desencadeado o crime. Mas exames realizados no cérebro dele não detectaram anormalidades.

 

 

Anos depois (na publicação do livro White Christmas, Bloody Christmas, de 1990), surgiu uma acusação grave de que Lawson teria cometido incesto com sua filha mais velha, e que essa filha estaria grávida dele no momento dos crimes — e que ele teria cometido o massacre para evitar a revelação desse segredo. 

 

Há especulações de que o massacre foi premeditado — o fato de terem comprado roupas e tirado uma foto pouco antes alimenta a hipótese de que Lawson pretendia "preservar a imagem da família" antes do ato.

 

 

Mesmo com essas teorias, não há prova definitiva de um motivo concreto — o caso permanece envolto em mistério e especulação.

 

O legado e o “turismo macabro”

 

Após o crime, a casa da família e a fazenda foram transformadas pelo tio de Lawson em uma espécie de atração mórbida — a história e o local passaram a atrair curiosos interessados no caso. 

Um dos objetos expostos era um bolo de Natal que a filha havia preparado no dia do crime — visitantes tragavam uvas-passas como “souvenirs”. Com o tempo, o bolo foi protegido por uma caixa de vidro. 

 

 

A tragédia inspirou canções, histórias, e até documentários/podcasts de “true crime”. 

 

A fama sombria do caso — o horror de uma família sendo assassinada na véspera de Natal — fez com que ele se tornasse um dos homicídios múltiplos mais lembrados da história dos EUA.

 

⚠️ Por que continua fascinando (e assustando)

 

A brutalidade do crime e o contraste com o espírito natalino — um dia tradicional de paz e união — geram choque e horror.

O mistério sobre os motivos: sem certezas, a versão com incesto, segredo e desespero humano alimenta teorias densas e sombrias.

 

O componente “true crime / dark tourism”: o local virou um símbolo do trágico e bizarro — desperta curiosidade mórbida, reflexões sobre natureza humana e memória coletiva.

 

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