A execução de Robert Roberson, condenado pela morte da filha de 2 anos em 2002 com "síndrome do bebê sacudido", foi adiada menos de duas horas antes dele receber uma injeção letal nesta quinta-feira (17). O adiamento da execução, que estava marcada para as 20h (horário de Brasília), ocorre em meio a apelos de diversos atores contra a execução, como ONGs contra a pena de morte, um grupo bipartidário de políticos e até do detetive do caso.
Uma juiza do distrito de Travis, no Texas, atendeu aos apelos da defesa e concedeu uma ordem restritiva para que Roberson possa prestar depoimento na semana que vem perante o Comitê de jurisprudência criminal da Câmara dos deputados estadual, que avalia o caso e o convocou durante sessão.
Antes do sucesso desta quinta, a defesa de Roberson empilhava fracassos de clemência em diferentes tribunais e instâncias --inclusive, na Comissão de Indultos e Liberdade Condicional do Texas. O procurador-geral do estado, Ken Paxton, anunciou que vai apelar da decisão da Corte de Travis.
O depoimento de Roberson ao Comitê da Câmara está marcado para a próxima segunda-feira (21), às 14h (horário de Brasília). A convocação do comitê é considerada incomum e surpreendeu por ter sido aprovada por unanimidade. Segundo o diretor do Escritório de Recursos Capitais e Forenses do Texas, Benjamin Wolff, "é uma intimação sem precedentes e um caso sem precedentes".
fonte:g1