Esta questão intrigante e perturbadora está no centro de um estudo realizado pela Universidade de Columbia. Uma análise minuciosa dos marcadores de ADN revela resultados surpreendentes, especialmente quando essas perdas ocorrem cedo na vida.
O estudo utilizou dados de longo prazo, demonstrando que perder membros da família aumenta os marcadores de envelhecimento no ADN, particularmente se essas perdas ocorrerem durante a infância ou na juventude. Os pesquisadores basearam-se nos dados da Pesquisa Nacional Longitudinal sobre a Saúde dos Adolescentes na Idade Adulta, iniciada em 1994.
Os resultados do estudo são especialmente impressionantes para os participantes que perderam um dos pais, um parceiro, um irmão ou uma irmã. Esses indivíduos apresentavam sinais de envelhecimento biológico mais avançado do que aqueles que não sofreram tais perdas. Os pesquisadores usaram "relógios epigenéticos" para medir esse envelhecimento, ferramentas sofisticadas desenvolvidas pelos seus colegas da Universidade de Duke.
As perdas familiares têm consequências variadas conforme a idade. Perder um ente querido durante a infância ou adolescência revela-se particularmente prejudicial, aumentando os riscos de doenças crônicas mais tarde na vida. O estudo também constatou que as perdas sofridas na idade adulta, entre 33 e 43 anos, são mais frequentes e também significativas em termos de envelhecimento biológico.Este estudo destaca o impacto profundo e duradouro da perda familiar na saúde biológica. Os pesquisadores apelam para esforços aumentados a fim de fornecer recursos de apoio e estratégias de adaptação para indivíduos em luto, especialmente nos períodos críticos de desenvolvimento como a infância e o início da idade adulta.