O dólar tomou novo fôlego nesta terça-feira (2) e encerrou a sessão negociado a R$ 5,666 na venda, renovando a máxima desde o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e se mantendo no maior patamar desde janeiro de 2022. Mais cedo, a divisa chegou a alcançar a marca de R$ 5,70.
Desde o início do ano, a divisa soma valorização de 16,8% — colocando a moeda brasileira entre as que mais perderam valor ante o dólar.
Para analistas do mercado, a recente disparada é explicada por fatores domésticos — temor fiscal e recorrentes críticas de Lula ao Banco Central (BC), e internacional — adiamento de cortes dos juros nos Estados Unidos.
A recente disparada trouxe ao debate a possibilidade de o BC intervir no mercado de câmbio, como já fez em diversas outras oportunidades para conter a sangria e proteger o valor do real.
A decisão, porém, precisa ser tomada pelo comando da autarquia. O BC monitora o mercado de câmbio e age em situações específicas.
Segundo o BC, o atual regime do dólar é de câmbio flutuante. Isso quer dizer que as cotações podem oscilar livremente para cima ou para baixo. O sobe e desce das cotações, explica o BC, acontece “em resposta aos fluxos cambiais”.
A autoridade monetária diz, porém, que não há “níveis máximos ou mínimos estabelecidos para a taxa de câmbio”. Ou seja, o BC não tem uma meta, um valor objetivo para as cotações da moeda.
fonte:cnn