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Não tenha filhos nos 6 meses após uma infecção por COVID-19: veja por quê
Saúde
Publicado em 11/06/2024

Descoberta surpreendente: pesquisadores detectaram a presença do SARS-CoV-2 nas células reprodutivas masculinas quase 4 meses após o fim da infecção. Esta descoberta pode ter implicações importantes para a concepção natural e a reprodução assistida.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo descobriram que o vírus da COVID-19 pode permanecer presente nos espermatozoides dos indivíduos infectados até 110 dias após a infecção, impactando assim a qualidade do sêmen. Esta descoberta destaca a capacidade do vírus de infiltrar e danificar o sistema reprodutor masculino, sugerindo um período de quarentena para aqueles que planejam conceber após a recuperação.

mostras de sêmen de 13 pacientes, com idades de 21 a 50 anos e que tiveram formas leves a severas de COVID-19, foram analisadas. Embora os testes de PCR fossem negativos para o vírus no sêmen, a microscopia eletrônica revelou a presença do SARS-CoV-2 nos espermatozoides de 72,7% dos pacientes com casos moderados a severos.

Este estudo também observou que os espermatozoides produziam "armadilhas extracelulares" à base de DNA nuclear para neutralizar o patógeno, um mecanismo conhecido como resposta de ETosis suicida. Estas armadilhas, semelhantes às formadas pelos neutrófilos na resposta inflamatória sistêmica ao SARS-CoV-2, mostram uma nova função imunológica para os espermatozoides.

 

As implicações para a medicina reprodutiva são significativas. O professor Jorge Hallak recomenda adiar a concepção natural e, especialmente, a reprodução assistida por pelo menos seis meses após uma infecção por SARS-CoV-2, mesmo em casos leves de COVID-19. Esta recomendação é crucial para as técnicas de micromanipulação de gametas.

As pesquisas continuam para avaliar os efeitos a longo prazo da infecção por SARS-CoV-2 na saúde reprodutiva e sexual. A equipe, liderada pelo professor Carlos Carvalho, está atualmente estudando as sequelas da infecção em mais de 700 pacientes como parte de um projeto financiado pela FAPESP

 

 

 

 

 

 

 

FONTE:MSN

 

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