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Cientistas confirmam circulação de vírus mayaro em humanos em Roraima; entenda riscos
Saúde
Publicado em 18/05/2024

Um estudo realizado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) confirmou a circulação do vírus mayaro (conhecido pela sigla MAYV) entre humanos no Estado de Roraima.

O vírus, transmitido por mosquitos silvestres, provoca a “febre do mayaro”, doença com sintomas semelhantes aos da dengue e do chikungunya – febre, dores no corpo, fadiga, além de dor e inchaço nas articulações. A descoberta sobre a circulação entre pessoas, inclusive na zona urbana de Roraima, acende um alerta para a possibilidade de disseminação pelo país.

Possível transmissão por mosquitos urbanos

 

Considerado um arbovírus – aquele que é transmitido por mosquitos -, o mayaro tem como vetor o Haemagogus janthinomys, mosquito conhecido por disseminar a febre amarela. Como contamos, ele está presente em áreas silvestres. Por isso, a contaminação de pessoas em cidades de Roraima (incluindo a capital, Boa Vista), levanta questionamentos sobre a possibilidade de outros mosquitos, desses que habitam as cidades, já estarem infectados com o mayaro e atuando como vetores – como é o Aedes aegypti, que transmite a dengue.

 

“Esse vírus pode estar circulando em áreas urbanas, eventualmente sendo transmitido por outros mosquitos, que não o Haemagogus. A gente não conseguiu saber qual [mosquito] neste estudo, mas acho que abre a perspectiva para explorarmos isso”, conta Módena.

 

Rafaela também destaca que a perspectiva de que o vírus esteja sendo transmitido por outros vetores é bastante preocupante e deve ser testada.

 

Impactos na saúde

 

 

A febre do mayaro é uma doença de difícil diagnóstico, por ser facilmente confundida com dengue e chikungunya. No entanto, em relação à dengue, o seu principal diferencial é a maior chance de causar dor e inflamação crônica nas articulações (quadros clínicos chamados, respectivamente, de artralgia e artrite. A condição afeta boa parte das pessoas com chikungunya.

A doença também causa outros sintomas capazes de afetar o bem-estar das pessoas infectadas. De acordo com o Ministério da Saúde, os principais são:

 

Febre: Com início súbito (de repente) e temperaturas entre 39°C e 40°C;

 

Dor: de cabeça, musculares e nas articulações;

 

Inchaço nas articulações (edemas articulares): sintoma que acomete cerca de 20% dos infectados;

 

Ocorrem, principalmente, nos pulsos, dedos, tornozelos e dedos dos pés.

 

Calafrios;

 

Dor atrás dos olhos;

 

Mal-estar geral: Fraqueza, cansaço e indisposição;

 

Erupção cutânea (exantema): manchas vermelhas na pele que aparecem, normalmente, a partir do quinto dia de sintomas;

 

Náuseas e vômitos;

 

Diarreia.

 

 

O quadro clínico agudo pode durar de uma a duas semanas.

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