A terapia experimental do conceituado patologista é baseada em sua própria pesquisa pioneira sobre melanoma (um tipo de câncer de pele).
Seu subtipo de glioblastoma é tão agressivo que a maioria dos pacientes não chega a viver um ano.
Scolyer é um dos médicos mais respeitados do país. Neste ano, ele foi nomeado Australiano do Ano ao lado da colega e amiga Georgina Long, uma renomada oncologista, em reconhecimento por seu trabalho transformador sobre o melanoma.
Eles são codiretores do Melanoma Institute Australia. Na última década, a pesquisa da dupla sobre imunoterapia, que utiliza o sistema imunológico do corpo para atacar células cancerígenas, melhorou drasticamente o prognóstico para pacientes com melanoma avançado em todo o mundo. Hoje em dia, metade dos pacientes são curados, em comparação com menos de 10% no passado.
É esta pesquisa que Long, junto a uma equipe de médicos, está usando para tratar Scolyer — na esperança de encontrar uma cura para seu câncer também.
No caso do melanoma, Long e sua equipe descobriram que a imunoterapia funciona melhor quando uma certa combinação de medicamentos é usada, e quando é administrada antes de qualquer cirurgia para remover o tumor.
Foi assim que, no ano passado, Scolyer se tornou o primeiro paciente com câncer no cérebro a se submeter à imunoterapia pré-operatória combinada.
Ele também é o primeiro a receber uma vacina personalizada, de acordo com as características do seu tumor, o que aumenta o poder de detecção do câncer pelos medicamentos.
Após um período difícil durante o tratamento — incluindo ataques epilépticos, problemas hepáticos e pneumonia —, Scolyer conta que está se sentindo mais saudável.
fonte:g1