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Zolpidem: os preocupantes efeitos colaterais do remédio que virou moda entre os jovens
Saúde
Publicado em 16/05/2024

Nas primeiras horas da madrugada, o nome de um medicamento costuma virar assunto frequente nas redes sociais.

 

"Ideia de encontro: tomar zolpidem juntos para ver quem alucina mais e apaga primeiro".

 

"Na noite passada, tomei zolpidem e picotei meu cabelo todinho."

 

"Tomei quatro comprimidos de zolpidem agora e me deu vontade de comprar uma lhama."

Relatos como esses, publicados num intervalo de poucas horas no Twitter, mostram como um remédio desenvolvido para tratar a insônia virou um fenômeno cultural, especialmente entre os mais jovens.

 

 

Lançado no início dos anos 1990, o zolpidem é um fármaco da classe dos hipnóticos (para indução do sono) que deve ser usado por um curto período — no máximo, quatro semanas — por quem tem dificuldades para dormir ou manter o sono por um tempo adequado.

De acordo com médicos ouvidos pela BBC News Brasil, o uso dele tem se popularizado além da conta — o que abre alas para efeitos colaterais preocupantes e quadros de dependência.

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) calcula que, entre 2011 e 2018, a venda do fármaco cresceu 560% no país.

 

Apenas em 2020, foram comercializadas 8,73 milhões de caixas desse medicamento nas farmácias brasileiras.

 

Interruptor desligado

O zolpidem atua num receptor dos nossos neurônios e mexe com um químico cerebral chamado ácido gama-aminobutírico, também conhecido pela sigla Gaba.

 

"Isso, por sua vez, promove uma cascata de eventos que faz a gente ficar sedado e dormir", explica a médica Sonia Doria, do Instituto do Sono, em São Paulo.

 

 

"É como se nosso cérebro tivesse um interruptor e o zolpidem apertasse o off para desligá-lo", compara.

 

 

 

 

 

 

 

fonte:g1

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