A Constituição americana estabelece apenas três pré-requisitos para que alguém seja presidente: ter nascido nos Estados Unidos, morar no país há pelo menos 14 anos e ter ao menos 35 anos de idade. As leis não dizem nada sobre se alguém condenado pela Justiça poderia assumir o cargo. Por isso, especialistas não sabem exatamente o que pode acontecer caso Donald Trump seja condenado e ganhe as eleições. Mas os impactos de uma condenação antes de os americanos irem às urnas podem ser grandes.
Pelo menos metade dos eleitores nos estados-pêndulo não votariam em Trump caso ele fosse condenado, segundo uma pesquisa feita pela Bloomberg News/Morning Consult que considerou como pêndulo Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin. Como nesses estados não há predominância clara de democratas ou republicanos, são eles que acabam decidindo as eleições, pelo sistema de colégio eleitoral.
As pesquisas mostram que a forma como o eleitorado reagiria a uma possível condenação de Trump varia de acordo com a posição política, com divisões mesmo entre republicanos – uma ala do partido é fiel ao ex-presidente, enquanto outra rejeita fortemente o trumpismo.
Quando começaram a sair as acusações contra Trump, as doações para a sua campanha aumentaram, em um claro sinal de suporte ao republicano. A questão que fica é sobre o limite desse suporte: o que o trumpismo está disposto a tolerar em nome de levar Trump à Casa Branca mais uma vez? Neste sentido, a mobilização (ou a falta de) em torno do julgamento do ex-presidente em Nova York, nas próximas semanas, será essencial para entender os rumos de seu futuro político.
fonte:cnn