Panorama global e tendências recentes
No primeiro semestre de 2025, a geração com solar + eólica superou o crescimento da demanda elétrica global.
Pela primeira vez, renováveis (solar + eólica) geraram mais eletricidade do que o carvão em escala global.
A Agência Internacional de Energia (IEA) reduziu suas expectativas para o crescimento das renováveis até 2030, citando mudanças políticas nos EUA e reformas nos leilões chineses.
A participação da solar nas novas capacidades instaladas em 2024 foi altíssima: cerca de 70 % dos novos projetos eram fotovoltaicos.
Um destaque tecnológico: a chinesa Trina Solar bateu recorde de eficiência para módulos do tipo HJT, com 25,44 %.
Entretanto, na China, o setor solar enfrenta desafios financeiros: várias grandes empresas reportaram perdas no 1º semestre de 2025, levando o governo a planejar medidas para conter a concorrência desregulada.
Notícias e impactos no Brasil
Em agosto de 2025, pela primeira vez, solar + eólica responderam por mais de um terço da eletricidade gerada no país (34 %).
Entre janeiro e setembro de 2025, foram conectados 1,72 GW de capacidade solar em larga escala ao sistema elétrico.
Contudo, há preocupações de que esse desempenho de usinas centralizadas vá desacelerar, devido a desafios como curtailment — quando parte da energia gerada não consegue ser consumida pela rede — e limitações na infraestrutura de transmissão.
Um ponto controverso: a Medida Provisória 1.300/2025, editada em setembro de 2025, altera regras para geração distribuída (painéis solares residenciais/comerciais) e pode reduzir os benefícios econômicos para quem já instalou sistemas solares.
A MP pode permitir que novos encargos sejam cobrados sobre quem injeta energia na rede, diminuindo a economia na conta de luz.
Entretanto, contratos assinados até dezembro de 2025 estariam protegidos (“direito adquirido”).
Segundo dados, entre 2024 e 2025, a geração distribuída solar representou 43 % do crescimento da nova capacidade energética no Brasil.
Em março de 2025, o país ultrapassou 55 GW de capacidade instalada de energia solar (fotovoltaica), com crescimento acelerado nos últimos anos.
No cenário institucional brasileiro, também há grande destaque para o Complexo Solar Janaúba, em Minas Gerais, que agora opera com cerca de 1,617 GW de capacidade instalada.