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Durante anos, a família Rodrigues colocava o mesmo topo de árvore: um pequeno anjo de porcelana que tinha perdido uma asa na mudança.
Com o tempo, a peça foi esquecida no fundo de uma caixa.
Naquele Natal, a casa estava silenciosa.
O filho mais velho havia ido trabalhar em outra cidade, a avó estava doente e a família inteira sentia que aquele ano simplesmente “não tinha clima”.
Na madrugada da véspera, a mãe ouviu um som fraco vindo da sala. Quando acendeu a luz, viu o anjo de porcelana — intacto, com as duas asas restauradas — brilhando no topo da árvore.
Logo depois, o telefone tocou:
Era o filho, avisando que havia conseguido um voo de última hora e chegaria dali a poucas horas.
Minutos mais tarde, a avó enviou uma mensagem dizendo que os exames haviam melhorado.
Quando todos se reuniram finalmente, perceberam que o anjo estava novamente com a asa quebrada, como antes.
A família entendeu: ele só havia “acordado” para lembrar que o Natal é feito de reencontros que a gente acha impossíveis.