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Em uma pequena vila coberta de neve, uma menina chamada Clara acendia todos os anos a mesma vela na janela — tradição que seu pai, já falecido, lhe ensinara: “Luz acesa, coração aquecido.”
Na véspera de Natal, uma ventania forte apagou todas as luzes da rua… menos a vela de Clara.
Intrigada, ela se aproximou para ver o que estava acontecendo. A chama tremulava diferente — azulada, suave, como se estivesse viva.
Quando tocou o vidro, ouviu uma voz calma:
— “Eu cuido do que é importante para você.”
Diante dela surgiu um pequeno anjo, luminoso como neve sob o sol. Ele explicou que aquela vela era um símbolo de esperança, e esperanças verdadeiras nunca se apagam.
Na manhã seguinte, Clara acordou com a casa cheia de presentes, sim, mas também com algo que valia mais: uma carta escrita com a caligrafia do pai, guardada ao lado da vela.
O anjo havia encontrado a última mensagem que ele nunca conseguiu entregar.
Desde então, a vela nunca mais apagou durante o Natal.