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CARROS ANTIGOS SEM CINTO DE SEGURANÇA
Por Susi Hellen Spindola
Publicado em 04/12/2025 11:43
Carro do dia

 

 

Os carros antigos realmente não tinham cinto de segurança, e isso não era considerado estranho na época. Aqui está uma explicação clara sobre por que isso acontecia, quando os cintos surgiram e como isso mudou a segurança automotiva:

 

Antes dos anos 1950, segurança não era prioridade

Nos primeiros 50 anos do automóvel, a indústria focava em:

 

potência

 

estilo

 

durabilidade

 

Segurança quase não era discutida.

 

Havia a ideia errada de que acidentes eram “inevitáveis” e que nada poderia proteger os ocupantes.

 

  Os primeiros carros eram lentos — e as estradas piores

No início do século XX:

 

carros raramente passavam de 40–50 km/h

 

não existiam rodovias modernas

 

tráfego era baixo

 

Por isso, as montadoras achavam que cinto não era necessário.

 

A indústria acreditava que o cinto “prendia” o motorista

Durante décadas, fabricantes e até motoristas rejeitavam o cinto porque achavam que:

 

atrapalhava a liberdade dentro do carro

 

poderia ferir o motorista em colisões

 

dava sensação de “prisão”

 

dificultava sair após um acidente

 

Esse pensamento só mudou quando surgiram estudos sérios sobre impacto frontal.

 

Mudança começa: cintos surgem nos anos 1950

A partir dos anos 50, alguns fabricantes começam a oferecer cintos opcionais:

 

Volvo

 

Saab

 

Ford

 

Nash

 

Mas quase ninguém comprava o acessório.

 

  A revolução veio com a Volvo (1959)

O engenheiro Nils Bohlin, da Volvo, criou o cinto de segurança de 3 pontos, o mesmo usado hoje.

Esse design salvou milhões de vidas.

A Volvo fez algo incrível:

 

liberou a patente gratuitamente para todas as montadoras, porque acreditava que o dispositivo deveria salvar vidas no mundo inteiro.

 

Anos 1960–1970: começa a obrigação

Com os acidentes aumentando em rodovias cada vez mais rápidas, governos começaram a agir:

 

1966 (EUA): lei federal exige que todos os carros novos tenham cintos.

 

1967–1973 (Europa e América Latina): legislações começaram a exigir cinto em novos modelos.

 

Ainda assim, o uso não era obrigatório — só a presença.

 

Anos 1980–1990: finalmente o uso se torna obrigatório

Dois momentos cruciais:

 

1983 (Reino Unido): uso obrigatório no banco dianteiro.

 

1985 (Brasil): cintos se tornam obrigatórios de fábrica (uso obrigatório só em 1997).

 

A partir daí, a segurança automotiva mudou completamente.

 

  O que acontecia antes do cinto?

Sem cinto, acidentes simples resultavam em:

 

ejeção do motorista para fora do carro

 

impactos fatais no volante de metal

 

traumatismos graves no painel

 

ferimentos por vidro, bordas metálicas e volante rígido

 

A taxa de mortalidade em acidentes era muito mais alta.

 

  Por que muitos amam carros antigos, apesar da falta de segurança?

Carros clássicos encantam porque têm:

 

designs marcantes

 

motores simples

 

charme nostálgico

 

sensação “mecânica”, não eletrônica

 

Mas do ponto de vista de segurança, estão a anos-luz de distância dos carros atuais.

 

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