Ouvir rádio

Pausar rádio

Offline
HISTÓRIA NATALINA: O PRESENTINHO DO GATO
Por Susi Hellen Spindola
Publicado em 03/12/2025 08:40
NATAL

 

 

 

Um conto de Natal para aquecer o coração.

Era véspera de Natal na pequena casa da família Martins. As luzes piscavam pela sala, o cheiro de biscoitos recém-assados tomava o ar, e a neve caía devagarzinho lá fora.

 

Mas alguém parecia… muito preocupado.

Era o Mingau, o gato da casa — um felino branco, fofo e curioso, sempre pronto para aprontar. Ele observava os humanos correndo de um lado para o outro embalando presentes, escrevendo cartões e guardando surpresas.

Mingau piscou devagar.

 

— Todo mundo tem um presente pra dar… mas e eu? — pensou.

Ele queria muito dar um presente para sua dona, a pequena Helena, que o resgatara do frio dois anos antes.

 

Mas… o que um gato poderia oferecer?

 

A busca do presente perfeito

Mingau caminhou pela casa, analisando tudo como um verdadeiro detetive felino.

 

Encontrou:

 

um laço vermelho (bonito, mas ele já tinha mastigado metade),

 

uma meia caída (com cheiro estranho — definitivamente não),

 

e um pedaço de fita (heliiiiina ia brigar se ele pegasse).

 

Nada parecia especial o bastante para presentear quem ele mais amava.

Foi então que ele ouviu um som suave:

 

snif… snif…

 

Era Helena, sentada perto da janela, abraçando os joelhos.

— “Hoje mamãe vai trabalhar até mais tarde… e talvez nem veja a chegada do Papai Noel”, ela disse baixinho.

O coraçãozinho de Mingau apertou.

 

Ele sabia exatamente o que fazer.

 

O plano genial do Mingau

Quando Helena foi dormir, o gatinho desapareceu pela casa.

 

Ele empurrou portas, remexeu caixas, pulou por cantos proibidos… até encontrar algo que sempre deixava Helena feliz: o ursinho de pelúcia preferido dela, perdido desde o outono.

Como ele chegou até lá ninguém sabe — talvez magia natalina, talvez pura teimosia felina.

Com a boca, Mingau arrastou o ursinho até a árvore de Natal.

 

Depois, sentou-se ao lado, orgulhoso, com a cauda enrolada.

 

Manhã de Natal

Quando o sol entrou pela janela, Helena correu até a sala.

 

Ao ver o ursinho embaixo da árvore, engasgou de surpresa.

— “Mingau… você achou!” — disse, abraçando o gato com olhos brilhantes.

 

Mingau ronronou alto, inchando o peito como se dissesse:

 

— Feliz Natal, humana favorita.

Foi então que a mãe de Helena chegou pela porta, trazendo o cheiro do frio e um sorriso cansado.

— “Parece que o Papai Noel ganhou um ajudante novo”, brincou ela, fazendo carinho no gato.

 

 

❤️ A verdadeira magia

Naquele momento, Helena percebeu que o melhor presente não é caro, nem brilhante.

 

É aquele que vem com amor — e, às vezes, com alguns pelos grudados.

Mingau fechou os olhos, satisfeito.

 

Talvez ele não tivesse papel de presente…

 

nem fita…

 

mas tinha algo que nenhum dos presentes na árvore podia oferecer:

um coração cheio de amor felino.

E assim, naquele Natal, a família Martins descobriu que os melhores presentes são aqueles que fazem a gente sorrir — mesmo que venham de quatro patinhas.

 

Comentários