(Ilha da Queimada Grande) 

— O que é, espécies, quantidade e acessoA Ilha da Queimada Grande, conhecida popularmente como Ilha das Cobras, fica a ~35 km do litoral sul do estado de São Paulo, entre os municípios de Itanhaém e Peruíbe. A ilha é coberta por remanescentes de Mata Atlântica, não tem praias fáceis de desembarque e é de difícil acesso. 

Espécies que a habitam

A espécie mais emblemática e endêmica da ilha é a jararaca-ilhoa (Bothrops insularis), uma serpente peçonhenta única no mundo e adaptada à vida arbórea — ela é considerada criticamente ameaçada. Além dela, investigadores já registraram outras espécies esporádicas, como serpentes que também ocorrem no continente (relatos científicos citam, por exemplo, registros de Dipsas e outras pequenas espécies), mas a jararaca-ilhoa domina a fama e a ecologia local.

Quantidade de cobras — estimativas

Estimar o número exato de serpentes na ilha é difícil e depende do método de contagem. Há estimativas variadas na literatura e na mídia:

Levantamentos anteriores (década de 2000) apontavam algo na ordem de ~3.000 indivíduos em áreas da ilha, segundo estudos e expedições científicas.

Outras fontes divulgadas à imprensa e por institutos (em reportagens) mencionam números maiores (por exemplo, estimativas de até dezenas de milhares em épocas/contagens distintas), o que reflete diferenças metodológicas e a natureza variável das populações. Em resumo: trata-se de alta densidade de serpentes, o que torna a ilha mundialmente conhecida por isso. 

É possível entrar? 

Posso visitar?

Não.

 A entrada é proibida ao público. 

A Ilha da Queimada Grande faz parte de uma área protegida e o acesso é controlado pelo órgão ambiental competente (ICMBio / gestão de unidades de conservação). 

Apenas pesquisadores autorizados e servidores ambientais têm permissão para desembarcar em expedições científicas devidamente autorizadas. Entrar sem autorização é ilegal e extremamente perigoso — tanto por risco de acidentes com serpentes quanto por danos à conservação de uma espécie endêmica. 

Por que a proibição é importante?

Proteção da espécie: a jararaca-ilhoa é endêmica e vulnerável — visitas descontroladas podem reduzir ainda mais sua população. 

Segurança humana: serpentes peçonhentas e alta densidade significam risco real de acidentes graves. 

Preservação do ecossistema: isolar a ilha evita introdução de espécies invasoras e perturbações que afetariam toda a fauna local.

Curiosidades rápidas

A ilha está entre os locais com maior densidade de serpentes do planeta (fica atrás apenas de poucas ilhas famosas por suas cobras). National Geographic

Já houve incidentes e lendas envolvendo embarcações próximas — por isso a imprensa costuma reforçar os avisos sobre o perigo e a proibição.