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MUNDO DOS INSETOS: CHATO
Por Susi Hellen Spindola
Publicado em 12/09/2025 07:50
Curiosidades

PIOLHO PUBIANO

 

 

 

 

Sim, ele existe.

 

Sim, é transmissível.

 

Sim, pode estar em mais lugares do que você imagina.

 

Hoje vamos falar sobre o temido e ignorado: piolho pubiano, o popular chato.

 

Nome científico: Pthirus pubis

 

Diferente do piolho da cabeça (Pediculus humanus), o chato tem o corpo mais largo e se instala principalmente nos pelos pubianos, mas também pode ir para axilas, sobrancelhas e até cílios!

 

 

Transmissão:

 

A principal via é o contato sexual direto.

 

Mas também pode ocorrer por compartilhamento de toalhas, roupas íntimas e lençóis.

 

Não “pula”, mas se arrasta de pelo em pelo.

 

 

Ele é especializado em grudar.

 

O chato tem garras fortes que o ajudam a se agarrar firmemente nos pelos grossos do corpo.

 

É por isso que ele prefere áreas como a virilha e axilas — onde o pelo é mais espesso.

 

 

Sintomas:

Coceira intensa (principalmente à noite)

 

Pequenas manchas azuladas na pele (causadas pelas picadas)

 

Irritação, feridas por coçar

 

Às vezes, dá pra ver os ovos (lêndeas) grudados nos pelos.

 

 

 

Cada fêmea bota até 3 ovos por dia.

 

As lêndeas eclodem em cerca de 6–10 dias, e os chatos adultos vivem em média 30 dias.

 

Tempo suficiente pra causar um caos na sua higiene íntima.

 

Eles são visíveis a olho nu.

 

Ao contrário de alguns parasitas, você pode ver o chato — 

 

Tratamento é simples, mas exige disciplina:

Cremes e loções específicas (como permetrina ou piretrina)

 

Raspar os pelos pode ajudar, mas não é obrigatório

 

Lavar roupas de cama e toalhas em água quente

 

Repetir o tratamento após 7 a 10 dias para garantir

 

 

Casos diminuíram, mas não sumiram.

 

Com o aumento da depilação íntima, a incidência de chatos caiu muito. Mas ainda existem surtos em locais com pouca higiene ou alta rotatividade sexual.

 

 

Curiosidade histórica:

 

No passado, ter chatos era tão comum que Shakespeare faz menção a eles em suas peças. Eles já foram parte “normal” da vida sexual adulta.

 

 

Não confunda com DSTs!

 

Apesar de ser um parasita sexualmente transmissível, o chato não é uma infecção bacteriana ou viral. Mas sua presença deve levar a testes para ISTs — já que o modo de transmissão é o mesmo.

 

 

Prevenção:

 

Evite roupas íntimas compartilhadas

 

Tenha higiene íntima regular

 

Use proteção nas relações sexuais (não impede 100%, mas reduz risco)

 

Fique atento a coceiras incomuns

 

 

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