
PIOLHO PUBIANO
Sim, ele existe.
Sim, é transmissível.
Sim, pode estar em mais lugares do que você imagina.
Hoje vamos falar sobre o temido e ignorado: piolho pubiano, o popular chato.
Nome científico: Pthirus pubis
Diferente do piolho da cabeça (Pediculus humanus), o chato tem o corpo mais largo e se instala principalmente nos pelos pubianos, mas também pode ir para axilas, sobrancelhas e até cílios!
Transmissão:
A principal via é o contato sexual direto.
Mas também pode ocorrer por compartilhamento de toalhas, roupas íntimas e lençóis.
Não “pula”, mas se arrasta de pelo em pelo.
Ele é especializado em grudar.
O chato tem garras fortes que o ajudam a se agarrar firmemente nos pelos grossos do corpo.
É por isso que ele prefere áreas como a virilha e axilas — onde o pelo é mais espesso.
Sintomas:
Coceira intensa (principalmente à noite)
Pequenas manchas azuladas na pele (causadas pelas picadas)
Irritação, feridas por coçar
Às vezes, dá pra ver os ovos (lêndeas) grudados nos pelos.
Cada fêmea bota até 3 ovos por dia.
As lêndeas eclodem em cerca de 6–10 dias, e os chatos adultos vivem em média 30 dias.
Tempo suficiente pra causar um caos na sua higiene íntima.
Eles são visíveis a olho nu.
Ao contrário de alguns parasitas, você pode ver o chato —
Tratamento é simples, mas exige disciplina:
Cremes e loções específicas (como permetrina ou piretrina)
Raspar os pelos pode ajudar, mas não é obrigatório
Lavar roupas de cama e toalhas em água quente
Repetir o tratamento após 7 a 10 dias para garantir
Casos diminuíram, mas não sumiram.
Com o aumento da depilação íntima, a incidência de chatos caiu muito. Mas ainda existem surtos em locais com pouca higiene ou alta rotatividade sexual.
Curiosidade histórica:
No passado, ter chatos era tão comum que Shakespeare faz menção a eles em suas peças. Eles já foram parte “normal” da vida sexual adulta.
Não confunda com DSTs!
Apesar de ser um parasita sexualmente transmissível, o chato não é uma infecção bacteriana ou viral. Mas sua presença deve levar a testes para ISTs — já que o modo de transmissão é o mesmo.
Prevenção:
Evite roupas íntimas compartilhadas
Tenha higiene íntima regular
Use proteção nas relações sexuais (não impede 100%, mas reduz risco)
Fique atento a coceiras incomuns