1️⃣ Doenças transmitidas por mosquitos
Com temperaturas mais altas e mudanças nos regimes de chuva, mosquitos como Aedes aegypti e Anopheles conseguem se reproduzir em áreas antes frias demais para eles.
Dengue — já está aparecendo em regiões mais altas e frias.
Zika vírus — mesmo vetor da dengue, risco maior com chuvas e calor.
Chikungunya — segue a mesma lógica de expansão geográfica.
Febre amarela — possibilidade de reemergência em áreas urbanas tropicais e subtropicais.
Malária — Anopheles pode expandir para áreas antes livres da doença.
2️⃣ Doenças transmitidas por carrapatos e outros artrópodes
O clima mais quente prolonga a temporada de atividade e amplia a área de ocorrência desses vetores.
Doença de Lyme — já em expansão em zonas temperadas.
Febre maculosa brasileira (Rickettsia rickettsii).
Encefalite transmitida por carrapatos (em regiões frias da Europa e Ásia).
3️⃣ Doenças de veiculação hídrica e alimentar
Eventos extremos (enchentes, inundações, secas) e o calor afetam a qualidade da água e dos alimentos.
Cólera — Vibrio cholerae sobrevive melhor em águas mais quentes.
Hepatite A — contaminação por água e alimentos inseguros.
Leptospirose — prolifera após enchentes e contato com água contaminada por urina de roedores.
Salmonelose e outras intoxicações alimentares — o calor acelera a multiplicação de bactérias nos alimentos.
4️⃣ Doenças respiratórias e ligadas à poluição
O calor intenso e o aumento de queimadas e poluição atmosférica afetam a saúde respiratória.
Asma e bronquite crônica — agravadas por partículas finas no ar.
Infecções respiratórias — inclusive fúngicas, como Coccidioidomicose (fungo do solo que se espalha mais em secas).
5️⃣ Doenças relacionadas a ecossistemas alterados
Mudanças no habitat de animais podem aproximá-los de humanos, aumentando o risco de zoonoses.
Hantavirose — contato com roedores silvestres.
Raiva — alterações na distribuição de morcegos e outros mamíferos.
Febre do Nilo Ocidental — transmitida por mosquitos que picam aves migratórias infectadas.