O Brasil alcançou a menor taxa de desemprego desde 2012, com 5,8% da população economicamente ativa, indicando um cenário de pleno emprego. Entretanto, por trás dessa aparente conquista, há uma realidade complexa: todos os setores da economia estão enfrentando uma grave crise de mão de obra.
O índice de subutilização, que avalia a quantidade de pessoas que desejam trabalhar mais horas, mas não encontram oportunidades, também alcançou seu nível mais baixo da história, atingindo 14,4%. Um aspecto relevante para entender esses números é que indivíduos que não estão ativamente buscando emprego não são contabilizados como desempregados nas estatísticas oficiais. O setor de serviços tem sido o principal motor do crescimento econômico recente, impulsionado pelo aumento do consumo por meio de crédito e benefícios sociais. Um dado positivo é o aumento histórico no número de pessoas com carteira assinada, que atingiu 39 milhões de trabalhadores, sem contar os empregados domésticos.