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O QUE É SINDROME DE FOURNIER?
Por Susi Hellen Spindola
Publicado em 30/07/2025 08:00
Saúde

Um fio sobre essa condição médica grave, mas ainda pouco conhecida.

 

A Síndrome de Fournier é uma infecção rara, mas extremamente grave, que afeta a região genital, perineal e perianal. Ela é considerada uma fasceíte necrosante, ou seja, uma infecção que destrói rapidamente os tecidos moles.

 

 

A condição leva esse nome por causa do urologista francês Jean Alfred Fournier, que descreveu casos de gangrena escrotal súbita em jovens saudáveis no século XIX.

 

 

Quem pode ter?

Apesar de ser mais comum em homens entre 50-70 anos, qualquer pessoa pode ser afetada, inclusive mulheres e crianças. Fatores de risco aumentam a chance.

 

 

⚠️ Fatores de risco principais:

 

Diabetes mellitus (o mais comum)

 

Alcoolismo

 

Obesidade

 

Imunossupressão

 

Traumas locais ou cirurgias recentes

 

Infecções na região anal ou urogenital

 

 

Como começa?

Geralmente, a infecção se origina a partir de uma pequena lesão, corte ou infecção local. As bactérias se espalham rapidamente pelo tecido subcutâneo, causando necrose (morte do tecido).

 

 

Sintomas:

 

Dor intensa e desproporcional à aparência da lesão

 

Inchaço e vermelhidão na região genital ou perineal

 

Mau cheiro (odor fétido)

 

Febre e sinais de infecção generalizada

 

Formação de bolhas ou gás sob a pele

 

 

É uma emergência médica!

O avanço da infecção é rápido. A Síndrome de Fournier pode ser fatal se não for tratada imediatamente com cirurgia e antibióticos potentes.

 

 

️ Tratamento:

 

Cirurgia para remover o tecido necrosado (desbridamento)

 

Antibióticos intravenosos

 

Estabilização em UTI, se necessário

 

Pode haver necessidade de múltiplas cirurgias

 

 

Prognóstico:

A taxa de mortalidade pode variar de 20% a 40%, dependendo da rapidez do diagnóstico e tratamento. Quanto mais precoce o atendimento, melhores as chances de sobrevivência.

 

 

Prevenção:

Não há prevenção absoluta, mas controlar doenças crônicas (como diabetes), manter boa higiene e procurar atendimento ao menor sinal de infecção na região íntima são medidas importantes.

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