O servidor público detido por pelo menos 17 ataques a ônibus na Grande São Paulo recebeu cerca de R$ 11 mil líquidos em junho, utilizou veículo oficial durante os atos e afirmava querer "salvar o Brasil". Entretanto, a própria polícia diz não acreditar nessa motivação.
Edson Aparecido Campolongo, de 68 anos, é servidor público da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) há mais de três décadas. A companhia, pertencente ao governo paulista, ainda não fez declarações sobre o incidente.
A Justiça de São Paulo decretou sua prisão depois que a Polícia Civil o descobriu. A defesa dele não foi encontrada pela reportagem.
Os investigadores identificaram o servidor ao observar, por meio de imagens de câmeras de segurança, que um veículo com a logomarca da CDHU havia sido registrado nos locais dos ataques diversas vezes na região do ABC Paulista.
Ao verificarem, os policiais constataram que era um veículo de uma locadora, emprestado para a empresa do governo paulista. A partir desse ponto, localizaram Campolongo, que atua como motorista do chefe de gabinete da empresa. Ele frequentemente participava de eventos governamentais no interior de São Paulo, contando com a presença da elite do Palácio dos Bandeirantes, incluindo o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos).