
️1. Rua 25 de Março citada como polo de pirataria
Em abril de 2025, o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) publicou um relatório anual listando "Mercados Notórios por Falsificação e Pirataria". Nele, regiões como a Rua 25 de Março, Santa Ifigênia, Brás e a Feira da Madrugada foram mencionadas como centros de comercialização de produtos falsificados—roupas, eletrônicos, perfumes etc.—em larga escala. O relatório apontou que “há mais de mil lojas comercializando mercadorias falsificadas de todos os tipos”, com estimativas de prejuízos superiores a R$ 500 bilhões somente em 2024
2. Investigação sob a Seção 301 após o “tarifaço”
Após Trump anunciar um tarifaço de até 50 % sobre produtos brasileiros, o USTR iniciou, em 15 de julho de 2025, uma investigação formal sob a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974. O objetivo é apurar políticas e práticas brasileiras que possam ser “injustificáveis, irracionais ou discriminatórias”. A investigação cobre 7 áreas diferentes, incluindo:
- barreiras ao comércio digital (Pix, big techs)
- estruturas tarifárias preferenciais
- anticorrupção
- etanol
- desmatamento
proteção à propriedade intelectual — sob esse ponto, cita-se diretamente a Rua 25 de Março como exemplo simbólico da fragilidade no combate à pirataria.
Por que tudo isso está relacionado?
Pirataria e falsificação afetam empresas americanas: A circulação desenfreada de produtos falsos prejudica marcas dos EUA, enfraquece sua presença e reduz receitas.
A Rua 25 de Março virou um símbolo: Identificá-la no relatório reforça o argumento de que o Brasil não estaria garantindo proteção efetiva à propriedade intelectual.
Parte de uma estratégia ampla de pressão: A investigação e as tarifas formam um conjunto de ações que buscam isolar práticas comerciais consideradas injustas pelos EUA, incluindo o uso de retaliação econômica para forçar mudanças.