
1/ Em março de 2001, o Brasil viveu o maior desastre da história da indústria petrolífera nacional: o afundamento da plataforma P-36, na Bacia de Campos (RJ). Uma tragédia com mortes, prejuízos bilionários e muitas lições.
2/ A P-36 era a maior plataforma de petróleo do mundo na época.
Operada pela Petrobras, produzia cerca de 84 mil barris de petróleo por dia — quase 5% da produção nacional.
3/ Em 15 de março de 2001, duas explosões atingiram uma das colunas da plataforma.
Elas ocorreram por volta das 0h22 e 0h32, atingindo a sala de bombeamento. Dez trabalhadores morreram.
4/ A primeira explosão teria sido causada pelo acúmulo de gás no sistema de drenagem.
A segunda foi resultado de um incêndio gerado pela primeira.
A estrutura da plataforma ficou seriamente comprometida.
5/ A Petrobras iniciou imediatamente uma operação de resgate e contenção.
Helicópteros evacuaram os trabalhadores sobreviventes.
Equipes tentaram estabilizar a plataforma para evitar o afundamento.
6/ Mas as tentativas de salvar a P-36 falharam.
Após dias de inclinação crescente e entrada de água, a plataforma afundou no dia 20 de março de 2001, a cerca de 1.200 metros de profundidade.
7/ As perdas foram enormes:
11 vidas (10 confirmadas, 1 desaparecido)
Prejuízo estimado em mais de US$ 500 milhões
Interrupção da produção em um dos campos mais importantes do país
8/ O acidente gerou forte repercussão nacional e internacional.
A Petrobras foi criticada pela falta de manutenção, falhas de segurança e problemas estruturais na plataforma, que havia sido adaptada de uma unidade flutuante antiga.
9/ Após a tragédia, a empresa reformulou protocolos de segurança, investiu em novos sistemas de prevenção e passou a revisar com mais rigor as condições de suas plataformas.
10/ A queda da P-36 virou um símbolo dos riscos da indústria petrolífera offshore — onde qualquer erro pode custar vidas, bilhões e impactos ambientais. Um marco triste, mas que forçou mudanças profundas na segurança operacional.
