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NAUFRÁGIO DA PLATAFORMA P36 NA BACIA DE CAMPOS EM 2001
Por Susi Hellen Spindola
Publicado em 27/06/2025 07:40 • Atualizado 27/06/2025 09:35
Por aí..

 

 

1/ Em março de 2001, o Brasil viveu o maior desastre da história da indústria petrolífera nacional: o afundamento da plataforma P-36, na Bacia de Campos (RJ). Uma tragédia com mortes, prejuízos bilionários e muitas lições.

2/ A P-36 era a maior plataforma de petróleo do mundo na época.

Operada pela Petrobras, produzia cerca de 84 mil barris de petróleo por dia — quase 5% da produção nacional.

3/ Em 15 de março de 2001, duas explosões atingiram uma das colunas da plataforma.

Elas ocorreram por volta das 0h22 e 0h32, atingindo a sala de bombeamento. Dez trabalhadores morreram. 

4/ A primeira explosão teria sido causada pelo acúmulo de gás no sistema de drenagem.

A segunda foi resultado de um incêndio gerado pela primeira.

A estrutura da plataforma ficou seriamente comprometida. 

5/ A Petrobras iniciou imediatamente uma operação de resgate e contenção.

Helicópteros evacuaram os trabalhadores sobreviventes.

Equipes tentaram estabilizar a plataforma para evitar o afundamento. 

6/ Mas as tentativas de salvar a P-36 falharam.

Após dias de inclinação crescente e entrada de água, a plataforma afundou no dia 20 de março de 2001, a cerca de 1.200 metros de profundidade. 

7/ As perdas foram enormes:

11 vidas (10 confirmadas, 1 desaparecido) 

Prejuízo estimado em mais de US$ 500 milhões

Interrupção da produção em um dos campos mais importantes do país 

8/ O acidente gerou forte repercussão nacional e internacional.

A Petrobras foi criticada pela falta de manutenção, falhas de segurança e problemas estruturais na plataforma, que havia sido adaptada de uma unidade flutuante antiga. 

9/ Após a tragédia, a empresa reformulou protocolos de segurança, investiu em novos sistemas de prevenção e passou a revisar com mais rigor as condições de suas plataformas. 

10/ A queda da P-36 virou um símbolo dos riscos da indústria petrolífera offshore — onde qualquer erro pode custar vidas, bilhões e impactos ambientais. Um marco triste, mas que forçou mudanças profundas na segurança operacional.

 

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