Os conflitos entre Israel, Irã, EUA e Gaza já estão razoavelmente próximos de uma guerra aberta – mas para se transformarem numa Terceira Guerra Mundial, alguns elementos cruciais ainda precisariam se intensificar ou ocorrer:
Caminhos para a Escalada para WWIII
1. Envolvimento direto do Irã
Até agora, o Irã tem retaliado por meio de seus proxies (Hezbollah, Houthis, milícias sírias e iraquianas), mantendo um limiar relativamente controlado . Uma ação direta, como golpes no território israelense ou americano, poderia provocar uma resposta ainda mais violenta.
2. Abertura de uma segunda frente com o Hezbollah
Caso o Hezbollah lance ataques significativos do Líbano contra Israel – ultrapassando confrontos de fronteira – isso pressionaria os EUA a intervirem diretamente para proteger seus aliados, ameaçando a entrada do Irã no conflito .
3. Envolvimento militar direto dos EUA
Os EUA já participaram no apoio a Israel, especialmente após os ataques a instalações nucleares iranianas em 22 de junho . Se os EUA avançarem para uma ofensiva direta contra o Irã, isso mudaria drasticamente o nível de comprometimento.
4. Alinhamento de grandes potências (Rússia e China)
Até o momento, Rússia e China se mantêm à margem, apelando por moderação e atuando diplomaticamente . Uma intervenção militar dessas potências, ou intensificação do apoio militar ao Irã, poderia forçar uma resposta da OTAN, transformando o conflito num confronto global .
5. Multiplicação das frentes do conflito
O envolvimento dos Houthis no Mar Vermelho e ataques de proxies em outros países (Iraque, Síria) já estão em andamento, mas até agora são localizados . Um avanço coordenado dos proxies junto a uma escalada estatal pode gerar uma crise regional generalizada.
Fatores de contenção
Racionalidade dos líderes: tanto Israel quanto Irã parecem evitar uma escalada direta que os levaria a um conflito que não poderiam ganhar.
Discurso internacional: ONU, UE, Reino Unido, China e Rússia já pediram moderação.
Temor de repercussões econômicas: interrupção no canal de Suez, subida do preço do petróleo e risco geopolítico global servem como desincentivos.