Pequena Isabella e o crime que parou o Brasil

Em 29 de março de 2008, Isabella Nardoni, de apenas 5 anos, caiu da janela do 6º andar de um prédio em São Paulo.

A princípio, parecia um acidente trágico.

Mas as investigações logo revelaram algo muito pior:

Ela foi jogada pela própria família.

- Isabella era filha de Alexandre Nardoni e Ana Carolina Oliveira, que se separaram pouco depois do nascimento da menina.

Alexandre se casou com Anna Carolina Jatobá, com quem teve mais dois filhos.

Isabella passava fins de semana com o pai e a madrasta.

Até aquele dia.

- Na noite do crime, Isabella estava com o pai e a madrasta no apartamento da família, na zona norte de SP.

Pouco depois das 22h, caiu da janela do 6º andar.

Alexandre disse que um intruso havia entrado no prédio e jogado a menina.

Mas a cena não batia com o relato.

- A perícia foi clara:

Não havia sinais de arrombamento.

A tela da janela foi cortada por dentro.

Havia sangue no carro, no elevador e no apartamento.

Isabella já estava ferida antes da queda.

Tudo indicava que a menina foi agredida antes de ser jogada pela janela.

- O que a investigação descobriu:

Isabella teria sido estrangulada e agredida dentro do carro por Anna Carolina Jatobá.

Depois, levada já inconsciente ao apartamento.

Alexandre então teria cortado a tela e jogado a filha pela janela para simular um acidente.

Frio, cruel e premeditado.

- O motivo?

Ciúmes.

Segundo o MP, Anna Carolina não aceitava a presença constante de Isabella na vida de Alexandre.

E ele, submisso, teria compactuado com o crime para proteger a esposa e manter a "família".

- O casal foi julgado em 2010:

Alexandre Nardoni: condenado a 31 anos e 1 mês de prisão.

Anna Carolina Jatobá: condenada a 26 anos e 8 meses.

O julgamento teve grande cobertura da mídia. O Brasil inteiro acompanhou, revoltado e comovido.

- Hoje, ambos estão presos, mas já possuem direito a benefícios como saídas temporárias e progressão de pena.

Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, reconstruiu sua vida e teve outros filhos.

Mas nunca deixou de lutar por justiça.

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O caso Nardoni foi um divisor de águas.

Um crime brutal, cometido por quem deveria proteger.

Um país inteiro chorou por Isabella — e nunca mais esqueceu.