Daniel Júlio Gomes, de 42 anos, gerente da casa de repouso Lar Vovó Maris, localizada em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, que foi detido em flagrante por abusos contra idosos e apropriação indevida na última quinta-feira (29), recebeu liberdade provisória da Justiça.
Ele foi libertado após o pagamento de uma fiança no valor de R$ 2.000, dividida em quatro prestações mensais, e está proibido de realizar qualquer atividade ligada ao cuidado de idosos.
Marina de Alcântara Sena, juíza da Central de Audiência de Custódia da comarca de Contagem, tomou a decisão.
A alternativa foi levada em conta, já que, apesar da seriedade das acusações, não existe um risco real que justifique a sua permanência na prisão.
A operação de inspeção conduzida por entidades da Prefeitura de Contagem e pela Polícia Civil de Minas Gerais revelou várias irregularidades no local, incluindo carne deteriorada, fezes de ratos, esgoto exposto, intenso cheiro de urina, além de infraestrutura inadequada e condições insalubres.
Trinta pessoas idosas foram retiradas do local, algumas sofrendo de enfermidades como leptospirose e sarna, e três necessitaram de assistência médica imediata.
Ademais, a entidade operava sem licença e já tinha sido interditada anteriormente. No entanto, persistia em funcionamento.
A Polícia Civil também investiga as mortes de três idosos residentes no local, que ocorreram em janeiro e maio deste ano, sob a suspeita de negligência e falta de assistência.