Por muito tempo, o cuidado com a saúde foi visto como um assunto segundário entre os homens. Dados do Ministério da saúde revelam que os homens ainda procuram menos os serviços médicos do que as mulheres, principalmente quando se trata de exames preventivos.

Essa negligencia tem consequências graves- entre elas, o diagnostico tardio de doenças que poderiam ser tratadas com mais eficágia se descobertas no início. 

O câncer de prostata é um exemplo claro.

Segundo o Instituo Nacional de Câncer (INCA), é o tipo de câncer mais comum entre os homens, depois do câncer de pele não melanoma.

Apesar disso, o preconceito e a desinformação ainda afastam muitos homens do exame do toque retal, essencial para o dignóstico precoce.

Além disso doenças cardiovasculares, colesterol alto, diabetes, hipertensão muitas vezes só são descobertos quando já estão em estágio avançado, o que dificulta o tratamento e aumenta os riscos.

" A cultura do 'homem forte' que não adoece é um dos grandes obstáculos", explica o clínico geral DR. Rodrigo Alves.

"Muitos só procuram ajuda quando a dor se torna insuportável"  

Especialistas alertam para a importância de realizar os exames de rotina a partir dos 40 anos - ou até antes, dependendo do histórico familiar.

A mudança começa com a conscientização de que cuidar da saúde não é sinal de fraqueza, mas de responsabilidade. 

Enquanto o preconceito com os exames preventivos persistir, as estatísticas continuarão mostrando uma dura realidade: os homens vivem, em média, sete anos a menos que as mulheres.

A prevenção pode ser o primeiro passo para mudar esse cenário.