DJAVAN
Na mão direita, ele toca ao mesmo tempo o baixo e percussão, enquanto a mão esquerda passeia pelos campos harmônicos com muita intimidade.
Ninguém tocava violão como Djavan. Isso em 1976, quando lançou o primeiro disco. Porque depois disso, todo mundo quis tocar como Djavan toca.
Complementando a orquestra instrumental executada por Djavan no violão, uma voz única, com muita identidade, cantando poesias riquíssimas que nem precisariam da música para despertar profundas emoções. Mas elas ainda são acompanhadas de toda essa musicalidade.
Djavan. Ele conta que o nome surgiu depois que a Mãe sonhou com um navio enorme que tinha esse nome estampado no casco.

Quando eu estava no ensino médio, o dono da cantina da escola se chamava Djaime. A gente brincava que ele, na verdade, era um Deejay que se chamava Aime. Djavan também pode ser o Dj Avan. É muito musical né? O D é mudo, mas o restante é sonoro.
1- Quase perdemos ele para o futebol

Já imaginou você assistir Djavan com a bola nos pés e não com o violão nas mãos? Pois é, foi por pouco. Como se não bastasse o talento pra música, ele também tem talento pro futebol, vê se pode?
Ele chegou a jogar como meio campo do time juvenil do CSA de Alagoas. Cogitou uma carreira profissional até que encontrou o violão pela frente e não conseguiu fazer mais nada. Ainda bem né?
2- Teve uma banda cover dos Beatles

Ta vendo como não tem como dizer que Beatles é ruim? Não dá! Djavan foi cover dos Beatles.
A família queria que ele fosse militar. Por isso ele fugiu da família em Alagoas, para a casa de um parente em Recife. Lá ele decidiu que queria ser artista e quando voltou pra casa, montou a banda LSD, que tocava Beatles nas noites de Alagoas.
3- Djavan não usa Lei Rouanet

Em entrevista a Folha de São Paulo, ele disse que nunca usou e nunca vai usar a Lei Rouanet, uma forma de receber doações para obras culturais através da renúncia fiscal.
Nas suas próprias palavras: “Nunca usei e nunca vou usar. Não gosto de fazer show nem para prefeituras. Quem vai pagar? Se é o povo eu não quero. Rejeitei muito convite. Eu nunca usei porque não preciso e não acho que eu deva usar um dinheiro que pode ser melhor aplicado. Acho que tem muita gente que precisa ser ajudada pela Lei Rouanet. O Brasil é enorme, precisa de cultura em todos os quadrantes. O povo precisa usufruir disso. Faz sentido. Não reclamo de quem usa. Eu é que peguei para mim a coisa de não recorrer à Lei Rouanet”.
4- O mito da Flor-de-lis
Uma das grandes teorias sobre as letras de Djavan, afirma que essa canção foi composta em homenagem à Maria, mulher de Djavan que morreu no parto da filha Margarida.
Isso não é verdade, o próprio Djavan já desmentiu isso diversas vezes. O verso que plantou esse mito no imaginário popular foi esse:
“E o meu jardim da vida, ressecou, morreu.Do pé que brotou Maria, nem margarida nasceu”.
Como a beleza da arte está na interpretação, tem gente que assumiu essa história como verdade.
Na realidade, a música fala de um amor que não deu certo. Simples assim.