
1. Rainbow era, na verdade, uma "extensão pessoal" de Ritchie Blackmore

Ritchie Blackmore fundou o Rainbow em 1975, logo após sair do Deep Purple, basicamente como um projeto para ter controle total sobre o som e as composições.
Ele nunca quis uma "banda democrática". Todos os membros eram praticamente contratados, e as mudanças de formação eram constantes.
2. Ronnie James Dio foi descoberto no Rainbow

O vocalista lendário Ronnie James Dio, que depois cantaria no Black Sabbath e em carreira solo, foi "revelado" mundialmente no Rainbow.
Sua voz mística, com letras sobre magia, dragões e temas medievais, deu ao Rainbow um tom único na fase inicial.
3. Alta rotatividade de músicos
A banda teve mais de 20 formações diferentes ao longo dos anos.
Músicos como Joe Lynn Turner, Graham Bonnet, Doogie White, e até o baterista Cozy Powell (outro ícone do rock) passaram pela banda.
Ritchie Blackmore era conhecido por demitir músicos sem aviso prévio, inclusive durante turnês.
4. Fase comercial nos anos 80
Nos anos 80, Ritchie mudou o som da banda para algo mais pop rock/AOR, buscando sucesso comercial nos EUA.
Músicas como "Since You Been Gone" e "Stone Cold" tinham uma pegada muito mais radiofônica, o que desagradou fãs da fase mais "mística e pesada".
5. Shows com produção grandiosa (e pirotecnia perigosa)
O Rainbow foi uma das primeiras bandas de hard rock a usar um arco-íris gigante de neon como parte do cenário de palco.
Em alguns shows, esse arco-íris pegou fogo, causando pequenos incêndios e pânico no público.
6. Ritchie Blackmore: o tirano do palco
Blackmore é conhecido como um dos músicos mais geniais e ao mesmo tempo mais difíceis de lidar na história do rock.
Ele já foi acusado de:
Cancelar shows por capricho.
Tocar de costas para o público.
Demitir membros por "não entenderem sua visão artística".
Sair no meio de entrevistas sem motivo.
7. Influência em outras bandas
O Rainbow influenciou diretamente o som de bandas como Iron Maiden, Helloween, Yngwie Malmsteen e Stratovarius, principalmente na mistura de heavy metal com temas de fantasia e melodias épicas.
8. As letras de Dio e a mitologia
Na fase Dio (álbuns como "Rising" e "Long Live Rock 'n' Roll"), o Rainbow mergulhou fundo em temas de espadas, magos, reinos mágicos e batalhas épicas.
Isso criou uma base de fãs que curtia tanto o som quanto o lado "Dungeons & Dragons" das letras.
9. O "retorno" do Rainbow em 2016
Depois de décadas sem usar o nome Rainbow, Ritchie Blackmore ressuscitou a banda em 2016, mas com uma nova formação, incluindo o vocalista Ronnie Romero (da banda Lords of Black).
O retorno foi controverso, pois muitos fãs reclamaram da ausência de membros clássicos.
10. Curiosidade extra: Blackmore virou músico de música renascentista
Após encerrar o Rainbow por um tempo nos anos 90, Ritchie Blackmore criou o projeto Blackmore’s Night, dedicado a música folk/renascentista, ao lado de sua esposa Candice Night.
Tretas e Brigas Internas do Rainbow:
1. Ritchie Blackmore: O "Ditador" da Banda
O Rainbow nunca foi uma banda democrática. Ritchie Blackmore sempre teve controle absoluto.
Ele decidia quem entrava, quem saía, o que gravar, como tocar e até o que vestir.
Muitos músicos reclamam que não tinham voz nenhuma nas decisões criativas.
2. Demissões em massa e repentinas
Blackmore ficou famoso por demitir músicos do nada, inclusive:
Cozy Powell (baterista): Demitido por diferenças criativas.
Graham Bonnet (vocalista): Expulso após um único álbum por comportamento "incompatível com a banda" (incluindo aparecer bêbado e tirar a camisa no palco).
Mickey Lee Soule e Craig Gruber (ex-membros da banda Elf que acompanharam Dio no início do Rainbow): Demitidos logo após o primeiro álbum.
3. Briga com Ronnie James Dio
Apesar da química musical perfeita, Blackmore e Dio começaram a entrar em choque quando Ritchie quis mudar o estilo da banda para algo mais comercial nos anos 80.
Dio queria continuar no heavy metal épico e místico, enquanto Blackmore queria hits de rádio.
Resultado: Dio saiu do Rainbow e foi direto para o Black Sabbath.
4. Graham Bonnet e o episódio sem camisa
Durante um show, o vocalista Graham Bonnet resolveu tirar a camisa no meio da apresentação, o que irritou profundamente Blackmore.
Além disso, Bonnet era mais inclinado ao pop e blues, o que gerou conflitos com a visão de Blackmore para a banda.
5. Cozy Powell x Ritchie Blackmore: Rivalidade constante
Cozy Powell (baterista lendário) chegou a discutir feio com Blackmore várias vezes por conta de:
Horários de ensaio.
Decisões de setlist.
Mudanças de última hora nas músicas.
Powell chegou a dizer em entrevistas que trabalhar com Blackmore era como "andar sobre ovos o tempo todo".
6. Joe Lynn Turner e a fase "Pop"
Quando entrou o vocalista Joe Lynn Turner, o Rainbow passou a fazer músicas mais voltadas ao mercado americano, com som mais comercial.
Muitos fãs de longa data detestaram essa fase, e Turner passou a ser visto como o "responsável" pela descaracterização da banda.
Nos bastidores, Turner e Blackmore também tinham relacionamento de altos e baixos, com várias discussões sobre direção musical.
7. Turnês com clima pesado
Diversos ex-integrantes afirmam que durante as turnês, o clima na banda era sempre de tensão, com:
Ameaças de demissão a qualquer momento.
Blackmore desaparecendo sem avisar antes dos shows.
Conflitos de ego entre os músicos.
8. Ritchie Blackmore abandonando shows
Há registros de Ritchie simplesmente largar o palco no meio do show, porque não gostou da mixagem, estava de mau humor, ou simplesmente porque alguém do público o irritou.
9. Gravações interrompidas por fúria de Blackmore
Em estúdio, Ritchie já foi descrito como perfeccionista ao extremo, chegando a parar sessões de gravação por detalhes mínimos, ou porque um músico não executou uma frase como ele queria.
️ 10. Reconciliações... e novas tretas
Mesmo após alguns reencontros, como nas reuniões do Rainbow em 1995 e depois em 2016, o clima sempre foi de relacionamento profissional forçado, com Ritchie ainda mantendo o controle absoluto.
