Ele estuprava crianças, quebrava as mãos. Com uma faca, ele mutilava os dedos, amputava as mãos, os olhos, as orelhas e, por fim, as degolava ainda vivas. Pedofilia, estupro e assassinato: La bestia, um dos piores serial killers da história. 
- Luis Alfredo Garavito nasceu em 25 de janeiro de 1957, em Génova — cidade localizada no sul de Quindío, na Colômbia. Fazia parte de uma grande família, sendo o mais velho dos sete filhos do casal Rosa Delia Cubillos e Manuel Antonio Garavito.
- O rapaz cresceu em um ambiente muito pobre e violento, tendo sido criado de modo cruel pelo pai — que contava com o esteriótipo alcoólatra e agressivo. Aparentemente, o menino era vítima de violência física e psicológica por parte do mesmo, sendo constantemente abusado.

- Juntamente com sua família, ainda quando criança, teve que se mudar às pressas para outra cidade, por conta dos conflitos sangrentos de guerrilhas armadas proveniente do tráfico de drogas — o que era comum naquela época colombiana.
- No decorrer dos anos, passou a sofrer bullying na sua nova escola, em razão do seu péssimo desempenho escolar, fruto de dificuldades em memorização — fato esse que lhe tornou uma criança extremamente tímida e introspectiva.
- Um dos maiores traumas de Garavito foi ter presenciado a sua mãe sendo espancada em plena gravidez. O jovem afirmou que seu pai sempre gritava à sua mãe: “eu te tirei da lama, sua vagabunda!” — como se isso já não fosse o suficiente, seu pai lhe abusava sexualmente.

- “Não me lembro do meu pai dormindo com a minha mãe. Apenas me lembro de, à noite, eu ter acordado com ele deitado ao meu lado, acariciando minhas partes íntimas.”— afirmou ele.
- Mas, as tragédias ocorridas na infância de Garavito não possuíam limites. Um amigo do seu pai, dono de uma farmácia perto de sua casa, lhe torturava e abusava sexualmente quando o menino ainda tinha doze anos.
- Ele afirmou que o sujeito mordia seu pênis e sua nádega, despejava cera quente em seu corpo, o amarrava em uma cama e obrigava à práticas sexuais inenarráveis. Garavito descreve outros episódios de abusos sexuais — alguns deles praticados, novamente, por outro amigo de seu pai.
- Durante sua vida adulta, Garavito não manteve emprego fixo e nem relações concretas com alguém. Tornou-se assim como seu pai, alcoólatra e violento, o que dificultava a estabilidade em um ambiente de trabalho.

- Foi por volta dos anos 90 que Garavito iniciou sua carreira criminal, torturando, estuprando e assassinando crianças — todas do sexo masculino. Durante essa época, vendia imagens do Papa João Paulo II e do Ninõ del 20 de Julio.
- Seu método era quase sempre o mesmo: passeava por praças de zonas periféricas, escolhia a criança — entre 8 e 16 anos —, iniciava uma conversa com a vítima, lhe ofericia dinheiro, e a convidava para passear.
- A partir do momento que o jovem se cansava de passear, Garavito o levava para um lugar desocupado, amarrava suas mãos e o violentava sexualmente. Após isso o estuprador, provavelmente tomado por um forte sentimento de culpa, passava a tortura-lo e espanca-lo.

- Além disso, quebrava as mãos e as costelas da criança com pisadas e chutes violentos. Porém, o sofrimento não parava por aí. Com uma faca, a Besta mutilava os dedos, amputava as mãos, arrancava os olhos e as orelhas da vítima. Finalmente, degolava a criança — ainda com vida.
- Muitas pessoas realizaram protestos e exigiram a prisão perpétua e pena de morte da “Besta”, embora não aplicáveis na Colômbia. Para a indignação e rejeição pública, a sentença foi reduzida para 24 anos, devido ao homem ter colaborado na localização dos corpos de algumas vítimas.
- No decorrer da sua vida criminosa, além da descrição anterior, Luis costumava abrir cortes profundos na barriga das crianças — à fim de avistar seus sistemas digestivos —, tudo em nome do sofrimento alheio. Foi concluído que Luis Garavito estuprou e assassinou 111 crianças.

- Estima-se, contudo, que o número de vítimas tenha ultrapassado 300. Por todos os crimes cometidos, Garavito foi condenado à pena máxima existente na justiça colombiana: 40 anos de prisão
- Muitas pessoas realizaram protestos e exigiram a prisão perpétua e a pena de morte. Para a indignação e rejeição da opinião pública, a sentença foi reduzida para 24 anos, em virtude da colaboração do homem com as autoridades locais na localização dos corpos de algumas vítimas.
- Durante o comprimento de sua pena, a Besta tentou se matar diversas vezes. Esse fato fez com que o homem fosse transferido diversas vezes para outros presídios, deixando-o sempre em uma cela individual — isolado de outros detentos.
- O homem afirmou que pretendia seguir carreira política e direcionar seus esforços para combater a exploração sexual infantil, após sair da prisão em 2021.

- Luís Gavarito morreu em 2023, enquanto ainda cumpria pena, em decorrência de câncer no olho e leucemia.