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CASO DAS ADOLESCENTES ATROPELADAS
Por Susi Hellen Spindola
Publicado em 17/04/2025 09:15 • Atualizado 17/04/2025 11:25
Crimes Horríveis

 

 

 

Duas jovens de 18 anos morreram após serem atropeladas por um carro em alta velocidade, na noite da última quarta-feira (9), em São Caetano do Sul, região do ABC Paulista.

O caso gerou comoção e levantou debates sobre segurança no trânsito.

 

as vítimas, Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa, eram amigas próximas e estavam atravessando a Avenida Goiás, uma das principais da cidade, por volta das 22h55, quando foram atingidas por um Honda Civic.

 

O acidente foi registrado por câmeras do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), que monitora a cidade por vigilância eletrônica.

As imagens e vídeos mostram que o carro atinge as jovens com força suficiente para lançá-las a mais de 50 metros.

 

A travessia ocorreu quando o semáforo estava vermelho para os pedestres.

Já para os veículos, outra câmera mostra que o sinal estava amarelo no momento exato do impacto o que divide opiniões sobre a responsabilidade do motorista.

 

Brendo dos Santos Sampaio, de 26 anos, é o motorista do veículo.

Estudante de direito, ele saía da faculdade, localizada nas proximidades.

Em depoimento à PM, confessou estar acima da velocidade permitida, que é de 60 km/h.

 

A defesa afirma que ele seguia entre 60 e 70 km/h, mas que não há precisão sobre a velocidade exata. Brendo também alegou que o semáforo estava verde e que não viu as jovens atravessando.

O teste do bafômetro deu negativo.

 

Mesmo assim, o caso foi registrado como homicídio com dolo eventual, quando o autor assume o risco de matar.

O boletim de ocorrência destaca que ele teria praticado uma conduta de altíssima periculosidade.

 

Uma testemunha chave afirmou à polícia que Brendo participava de um racha com outro carro, um Onix branco.

Segundo o relato, os veículos arrancaram bruscamente no semáforo, com barulho de pneu, e seguiram lado a lado em alta velocidade.

 

Minutos depois, a testemunha viu as vítimas caídas no chão e o Honda Civic parado mais adiante.

As autoridades agora investigam a possível participação do segundo carro no racha e tentam identificá-lo.

 

Isabela e Isabelli tinham saído para comemorar um momento feliz: uma delas havia conseguido um novo emprego.

As duas estudaram o ensino médio juntas e mantinham uma amizade inseparável, segundo familiares.

 

"Estavam comemorando. Eram como irmãs. Estudaram juntas, viveram juntas e... morreram juntas", disse Claudilene Helena de Lima, mãe de Isabelli, em entrevista emocionada após a tragédia.

 

O carro ficou completamente destruído.

A violência do impacto reforça a suspeita de que a velocidade no momento do atropelamento era bem superior à informada pelo motorista.

O resultado da perícia ainda não foi divulgado.

 

A prefeitura de São Caetano e o governo estadual ainda não se pronunciaram sobre possíveis mudanças de sinalização ou fiscalização no local do acidente.

O Ministério Público deve acompanhar as investigações

 

O caso está sendo conduzido pelo 1° Distrito Policial de São Caetano do Sul.

Brendo foi liberado após prestar depoimento, mas sua prisão preventiva foi decretada na quinta feira (10.4)

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