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2014- DUZENTAS E SETENTA E SEIS ESTUDANTES SÃO SEQUESTRADAS PELO BOKO HARAM
Por Susi Hellen Spindola
Publicado em 14/04/2025 10:32 • Atualizado 14/04/2025 17:23
Curiosidades

 

Naquela noite de 14 de abril, um grupo de homens armados invadiu um internato público de Chibok – um local predominantemente cristão -, reuniu as jovens que tinham entre 16 e 18 anos em um auditório e começou a atear fogo aos dormitórios e salas do prédio.

 

"Vocês só vieram para a escola para se prostituir.

A educação ocidental (Boko, em hausa) está proibida (haram, em árabe), então o que estão fazendo na escola?", perguntou um deles.

 

Os homens ordenaram que elas buscassem seus sapatos e seus véus e subissem aos caminhões.

Eles as levaram para o bosque de Sambisa, onde acredita-se que o Boko Haram tenha um esconderijo embaixo do Sahel – a zona de transição do deserto do Sahara para a savana do Sudão.

 

Muitas das meninas que conseguiram escapar fizeram isso saltando dos caminhões e contando com a ajuda de desconhecidos que deram uma carona para elas naquela região hostil.

 

Do resto, não se soube mais, até o dia em que o líder da organização, Abubakar Shekay, que tem 30 ou 40 anos e foi descrito como "parte teólogo, parte gângster", apareceu em um vídeo em meados de maio.

 

"Eu sequestrei suas filhas", disse. "Vou vendê-las no mercado, por Alá. Vou vendê-las e entregá-las ao matrimônio."

 

"A escravidão é permitida na minha religião. Vou capturar as pessoas e escravizá-las."

 

Cerca de 136 das jovens apareciam no vídeo. Vestidas dos pés à cabeça com o hijab muçulmano, sentadas e recitando o primeiro verso do Corão.

Duas delas disseram ter se convertido ao Islamismo e deixado o Cristianismo para trás.

 

Desde então, elas nunca mais foram vistas.

 

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