Na terça-feira, 25 de março de 1975, a Arábia Saudita foi pega de surpresa com a notícia de que seu monarca, Faisal bin Abdulaziz Al Saud, havia falecido.

Ele, de 69 anos, foi morto a tiros dentro do seu escritório em Riad, capital do país. 

Ibn Saud, seu pai, e Tarfa bint Abdullah bin Abdullatif Al Sheik, sua mãe.

Apesar de ter realizado várias reformas na política saudita, sem dúvida sua maior contribuição foi estabelecer o fim da escravidão, que perdurou no país até 1962. 

O falecimento do rei

Conforme registrado pela BBC UK, momentos antes da execução, o príncipe Faisal bin Musaid Al Saud, sobrinho do monarca, dialogava com uma comitiva do Kuwait que aguardava para se reunir com o monarca.

Depois, ambos entraram no cômodo do líder saudita e, quando ele se aproximou para beijar Musaid, foi pego de surpresa por dois disparos. O disparo inicial acertou seu queixo e o subsequente sua orelha.

Imediatamente, um dos seguranças de Faisal bin Abdulaziz reagiu, golpeando o acusado com sua espada, mas sem sucesso.

Nesse instante, de acordo com relatos de testemunhas, Sheikh Yamani, na época ministro do Petróleo, teria exclamado ao oficial para que não matasse o príncipe.

Portanto, Musaid foi detido no local e posteriormente submetido a interrogatório policial.

Condenação do Príncipe

Faisal bin Musaed foi denunciado por regicídio e executado no dia 18 de junho do mesmo ano.

A BBC UK esclareceu que ele foi publicamente executado na capital saudita.

Naquela época, várias teorias foram formuladas sobre o caso. Acreditava-se que o príncipe tinha assassinado o tio para vingar a morte de seu irmão, que foi morto em um confronto ocorrido em 1966.

Uma outra versão afirmava que ele poderia não ter agido sozinho, uma hipótese que posteriormente foi abandonada.