2019 — Massacre em escola deixa pelo menos 10 mortos e 17 feridos em Suzano, São Paulo

21 DE FEVEREIRO
Os assassinos alugam um carro branco na unidade da Localiza que fica em um posto de combustível a menos de 2 km da Escola Estadual Raul Brasil, cenário do ataque 20 dias depois.
O contrato foi efetuado em nome de Castro, informou a Localiza. A locação iria até 15 de março.
13 de março, às 9h34
Um dos assassinos postou cerca de 20 fotos no Facebook nas quais aparece fazendo gestos obscenos, segurando um revólver e usando no rosto um lenço com um desenho de caveira – item semelhante foi encontrado no local do crime.
13 de março, por volta das 9h40
Ainda antes do massacre, os assassinos passam na loja Jorginho Veículos, próximo à Escola Estadual Raul Brasil.
Lá, um deles atira em Jorge Antonio de Moraes, que era seu tio e proprietário do estabelecimento.
Moraes foi levado ao Hospital das Clínicas, em São Paulo, onde foi submetido a uma cirurgia mas morreu em decorrência dos ferimentos.
Um funcionário da loja afirmou ter ouvido três disparos.
13 de março, às 9h43
Os assassinos estacionam o carro em frente à Escola Estadual Raul Brasil.
O relógio câmera de segurança de uma casa no lado oposto da rua marca 9h43 quando o primeiro dos dois assassinos – provavelmente, Guilherme, o carona – passa pelo portão do colégio, que estava aberto. Pouco depois, o ocupante do assento do motorista – provavelmente Luiz Henrique – sai do carro e também cruza o portão.
"Eles ingressaram na escola, atiraram na coordenadora pedagógica, atiraram numa outra funcionária.
Estava na hora do lanche, eles se dirigiram ao pátio, atiraram em mais quatro alunos do ensino médio", disse o coronel Marcelo Salles, comandante-geral da PM.
Em seguida, os assassinos dirigiram-se ao centro de línguas do colégio, onde havia alunos escondidos.
De acordo com o secretário de Segurança Pública de SP, nesse momento a dupla viu os policiais que haviam sido acionados.
A investigação aponta que, ainda dentro da escola, um dos assassinos matou o comparsa e, em seguida, se suicidou.
13 de março, às 9h45
A mesma câmera de segurança da residência em frente ao colégio registra como 9h45 o horário em que um grupo de alunos corre para fora da escola.
"Policiais estavam indo para esse primeiro chamado [na loja de automóveis] e ouviram gritos das crianças. Foram, então, até a escola, onde os dois criminosos acabaram se matando", disse a capitão Cibele, da comunicação da PM.

