O cavaquinho:
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Quem nunca ouviu o som de um cavaquinho? Ele está sempre fazendo parte dos ritmos brasileiros, alegrando a melodia das canções, principalmente no
samba e nas escolas de samba brasileiras. O que poucos sabem é a história deste instrumento, muito usado no carnaval. Por isso, hoje vamos falar um pouco sobre sua origem e como ele se tornou parte inseparável da cultura do Brasil.
A história do cavaquinho:
O cavaquinho é um instrumento da família dos cordofones de pequenas dimensões. Conhecido também como braguinha, braga, machete-de-braga e cavaco, ele é considerado um tipo de viola com tampos chatos. Suas cordas são presas às cravelhas de madeiras e ao cavalete colado no meio do bojo inferior do tampo. Geralmente, ele é construído a base de madeira.
Considera-se que este instrumento é originado de Portugal, vindo a ser levado para outras regiões, alcançado países como Havaí, Moçambique e, claro, o Brasil.
Origem do instrumento:
Como foi dito anteriormente, o cavaquinho é um instrumento português, mas especificamente da região de Minho, que mais tarde foi levado à Braga, onde se tornou conhecido pelo nome do próprio local e por braguinha e, pouco tempo depois, chegou ao Brasil. Tornando-se, assim, um dos instrumentos mais popular por onde passava, incluído, nos ritmos e ruas brasileiros.
Características:
O cavaquinho é divido em:
1- Cavalete:
É a parte onde as cordas ficam presas.
2- Rastilho:
Acoplada no cavalete, dando altura e tensão das cordas.
3-Boca:
Orifício responsável pela emissão da sonoridade do instrumento.
4-Braço:
Onde são colocados os dedos, formando notas para a emissão da melodia.
5-Escala:
Placa de madeira que fica colada no braço, onde ficam os trastes.
6- Tarrachas:
Onde é controlada a afinação das cordas.
Além disso, o cavaquinho possui 12 trastos em sua forma original e sua afinação varia muito de acordo com a região que se encontra e com a melodia a ser composta.
Cavaquinho no Brasil:
Apesar de ser um instrumento português – confrontando as expectativas de que seria um instrumento brasileiro – o cavaquinho tornou-se conhecido ao chegar ao Brasil. Ele, até nos dias atuais, é um dos instrumentos mais utilizados, pois faz parte de diferentes ritmos e canções.
No Brasil, alguns cantores integraram o cavaquinho ao pandeiro e, a partir de então, começou a surgir os primeiros sambas. Foi em 1910 que o instrumento passou a ser usado nas escolas de samba, tornando-se, assim, parte fundamental dos ensaios e desfiles.
Ele é muito usado nas congadas paulistas (manifestações culturais e religiosas afro-brasileiras) e junto com outros instrumento como o violão de 7 cordas, a flauta e o bandolim, forma o inesquecível ritmo chamado de chorinho.
Foi então que Waldir Azevedo, músico renomado do choro, colocou o cavaquinho como o instrumento principal do ritmo, que mais tarde, utilizou este instrumento em solos, explorando a potencialidade do cavaco. Depois da passagem pelo choro, o sucessor de Waldir, Roberto Barbosa, conhecido também como Canhotinho, utilizou o cavaquinho, aprimorando a técnica deixada pelo cantor de choro e, hoje, Canhotinho é o arranjador do famoso grupo de samba, Demônios da Garoa.
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