Médicos que acompanham de perto o rastro de destruição provocado por acidentes de trânsito afirmam que a permissão para o mototáxi em São Paulo pode resultar em um crescimento significativo no número de atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS), uma tragédia que afeta toda a sociedade. A atividade foi interrompida em São Paulo por uma liminar emitida pela Justiça na segunda-feira (27/1). O diretor da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), Aquilla Couto, afirma que é viável quantificar o efeito da implementação do mototáxi no sistema de saúde de uma metrópole. "Como exemplo, podemos citar Belo Horizonte, que, nos primeiros seis meses de operação do serviço, registrou um crescimento de 22% no número de leitos ocupados em relação à média nacional",diz, citando também que as motos são 28% da frota nacional e respondem por 55% das internações no SUS. “Usando ou não o mototáxi, todos seremos impactados”, afirma.