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Ham: o chimpanzé da NASA que foi o 1º primata no espaço
Publicado em 31/01/2025 10:18
Curiosidades

 

 

 

 

Em 1961, a corrida espacial entre Estados Unidos e

União Soviética atingia seu ponto de ebulição. No

começo daquele ano, os americanos sabiam que os

soviéticos, após fazer testes com animais no espaço,

preparavam o primeiro voo tripulado por um ser

humano para chegar à órbita da Terra, e voltar de forma

segura.

 

O projeto Mercury, da NASA, tentou recuperar o tempo

perdido, mas não havia ainda segurança para enviar um

astronauta humano, antes que o programa espacial

secreto soviético mandasse o deles. A solução foi enviar

um chimpanzé, depois batizado de Ham, na missão.

 

 

Os animais-astronautas do programa soviético já

haviam provado que os mamíferos podiam sobreviver no

espaço, mas a NASA queria ir além: precisava se

certificar que os seres humanos conseguiriam realizar

tarefas em gravidade zero. Para fazer isso, Ham, então

chamado apenas de “Número 65”, recebeu um

treinamento comportamental que incluiu choques

elétricos quando ele não puxava uma alavanca.

 

A vida de Ham

 

O chimpanzé Ham nasceu em julho de 1957, nos

Camarões, e foi capturado na selva por caçadores, que

o venderam para uma fazenda em Miami, na Flórida. Lá,

ele foi adquirido pela NASA, junto com outros 39

“colegas”, para a missão na Base Aérea de Holloman,

em Almogordo no Novo México. Após uma série de

testes, o Número 65 foi escolhido devido à sua acuidade

mental.

 

Após seu controverso treinamento, o chimpanzé foi

equipado com sensores para monitorar suas funções

vitais, amarrado à cadeira biopack, e embarcado no

foguete Mercury-Redstone 2. 

 

Após decolar, em 31 de janeiro de 1961, a uma

velocidade de 9,4 mil km/h, Ham chegou a uma altitude

de 253 km acima da Terra, número bem superior ao que

a NASA previra, devido à perda de pressão do ar na

cápsula, causada por uma rachadura.

 

Menos de 17 minutos depois, Ham pousou a 212 km do

local previsto para o resgate, no Oceano Atlântico, só

sendo resgatado muitas horas depois. Depois disso,

virou celebridade mundial, foi capa da revista LIFE e

virou filme, até se aposentar e passar a viver no

National Zoo, em Washington.

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