
- Joaquim da Silva Rabelo nasceu no dia 20 de agosto de 1779 em Recife, Pernambuco. Aos 20 anos, ordenou-se padre pela Ordem dos Carmelitas e passou a se chamar Joaquim do Amor Divino.
- Virou frei Caneca porque seu pai era fabricantes de canecas.
- Deu aulas de retórica e geometria para noviços.
- Participou da Revolta Pernambucana em 1817. Ficou preso durante quatro anos e acabou sendo anistiado.
- Depois da proclamação da Independência, no entanto, Caneca passou a fazer duras críticas a d. Pedro I no jornal “Typhis Pernambucano”, que ele mesmo fundou.
- Mais tarde, foi um dos principais líderes da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de Pernambuco. Preso e condenado, ele foi levado à força em 13 de janeiro de 1825.
Quem vai matar o frei Caneca?
Os monges despiram o hábito da Irmandade da Madre de Deus e frei Caneca recebeu a excomunhão para poder enfrentar a forca. Na hora da execução, no entanto, o carrasco disse ter visto a Virgem Maria ao lado do condenado e se recusou a enforcá-lo. O ajudante do carrasco também se esquivou. Foram chamados dois escravos que, mesmo recebendo chibatadas, não quiseram proceder à execução. As autoridades mandaram vir dois presos e lhes prometeram liberdade se enforcassem o frei. Mais uma negativa. O juiz se decidiu pelo fuzilamento, mas os soldados tremiam. Diante do pavor coletivo, frei Caneca disse: “Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Maria há de compreender os vossos tremores. Tenham fé. Ela já os perdoou”. Só então os soldados atiraram.
Em homenagem a frei Caneca, o poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto escreveu o Auto do frade, lançado em 1983.